O whisky faz parte da cultura do networking masculino. O imaginário da bebida foi construído ao redor dos homens no ambiente de trabalho e dos negócios e reforçado em filmes e séries, como “Mad Men”, com o protagonista apreciador de whisky Don Draper (Jon Hamm). As mulheres foram historicamente excluídas da história dessa e de outras bebidas e dos bares em geral, mas têm demonstrado gosto pela categoria. “O consumo de whisky é majoritariamente masculino, mas vemos um aumento do interesse das mulheres”, diz Mariana Visconde, gerente da Jack Daniel’s no Brasil.
Conheça mulheres que comandam bares em SP
Em parceria com a consultoria 65|10, a marca, que pertence à multinacional Brown-Forman, está promovendo uma releitura dos clubes de whisky, mas com foco no público feminino. “Vamos reunir mulheres para uma roda de conversa, sempre com uma convidada que abordará temas sob a perspectiva feminina e as barreiras enfrentadas na sua área”, diz Lucia Abreu, gerente de comunicação da Brown-Forman.
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
O projeto As Donas do Bar lançou um guia de bares comandados por mulheres na capital paulista, com 10 histórias de empreendedoras do setor. “Descobrimos que em 30% do mercado de bares há pelo menos uma mulher no comando do negócio”, afirma Abreu.
A seleção levou em conta as histórias das empreendedoras, a qualidade dos seus bares e a diversidade em relação à idade, raça, orientação sexual e aos tipos de estabelecimento, tempo de atuação e localização.
Leia também:
Quem é a primeira master distiller do premiado bourbon Woodford Reserve
Como esta empresária está abrindo o mundo do vinho para mulheres
Melhor sommeliére pelo Guia Michelin é brasileira
Conheça as mulheres à frente dos bares:
O projeto contou com uma pesquisa para desenhar o perfil das consumidoras da marca e entender sua relação com destilados, com o whisky e os bares. “Elas enxergam o bar como um espaço de liberdade e o whisky como um símbolo de poder, mas o consumo é cercado de rótulos”, diz Thaís Fabris, criadora da consultoria 65|10.
Segundo ela, a mulher que bebe whisky é vista como “presa fácil”, é questionada se vai ter dinheiro para pagar a bebida ou se vai “dar conta” de beber. “O bar, que podia ser um lugar de relaxamento para mulheres que têm uma rotina puxada, acaba sendo também um campo de batalha.”
O post Guia de bares comandados por mulheres traz histórias e negócios de empreendedoras do setor apareceu primeiro em Forbes Brasil.