O Ibovespa opera em alta de 0,19% na abertura do pregão desta segunda-feira (27), a 125.749 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Por aqui, o índice reage de forma positiva ao boletim Focus divulgado nesta manhã, no qual o mercado revisou a inflação de 2023 para baixo do teto da meta.
O dólar recuava 0,05% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,8960.
A expectativa do mercado para a inflação e a economia neste ano sofreram ligeiros ajustes para baixo, de acordo com a pesquisa Focus publicada nesta segunda-feira.
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O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 caiu pela terceira semana seguida, a 4,53%, de 4,55% antes, ficando assim abaixo do teto da meta.
Para o ano que vem a projeção para a inflação permaneceu em 3,91%, enquanto, para 2025 e 2026, segue em 3,5%.
O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano sofreu ajuste de 0,01 ponto percentual para baixo, a 2,84%, enquanto que para 2024 seguiu em 1,50%.
No cenário corporativo, a Americanas anunciou que conseguiu de parte de seus credores apoio vinculante para o plano de recuperação judicial da companhia, além de crédito deste grupo de R$ 1,5 bilhão.
A companhia afirmou que o grupo, chamado pela empresa de “credores apoiadores”, representa mais de 35% de sua dívida e que outros interessados que estão em diálogo com a empresa, podem elevar o apoio de maneira vinculante para mais de 50%. A assembleia de credores da Americanas está marcada para 19 de dezembro.
A Eneva (ENEV3) apresentou uma proposta não vinculante de fusão com a Vibra (VBBR3), em transação que mira a criação de uma gigante de energia ao agregar os negócios de exploração de gás natural e geração termelétrica e renovável à distribuição de combustíveis.
A empresa disse em fato relevante na noite de domingo que enviou carta ao conselho de administração da Vibra propondo uma fusão de iguais, com os acionistas de cada lado representando 50% da base acionária da companhia combinada, uma operação que chamou de “oportunidade ímpar para as empresas e seus acionistas, com um sólido racional estratégico”.
Um acordo reunirá a ampla base de distribuição de combustíveis da Vibra e seus ativos de energia renovável concentrados na Comerc – empresa da qual é co-controladora – com os negócios de exploração de gás natural e geração termelétrica e renovável da Eneva, que já vinha buscando um parceiro para acelerar o crescimento e se desalavancar.
Mercados internacionais
Na Ásia, as ações da China fecharam em baixa nesta segunda-feira, uma vez que dados mostraram que os lucros das empresas industriais chinesas cresceram em um ritmo mais lento em outubro.
Os lucros das empresas industriais da China ampliaram os ganhos pelo terceiro mês em outubro, embora a um ritmo mais lento, sugerindo que as medidas de apoio precisam ser mantidas para ajudar a sustentar o crescimento da segunda maior economia do mundo.
O banco central da China afirmou que irá afastar os riscos financeiros sistêmicos para a economia e orientar as instituições financeiras para que apoiem de forma ativa e prudente a resolução dos riscos da dívida local.
Em seu relatório de implementação de política monetária do terceiro trimestre, o banco central também afirmou que a política monetária prudente será vigorosa e precisa, e que dará melhor suporte para a expansão da demanda doméstica, revelando uma cesta de medidas que buscam reforçar a economia.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,20%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,07%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,30%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,53%.
Na Europa, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, disse que reduzir a inflação para a meta de 2% do banco central será um “trabalho árduo”, já que a maior parte de sua queda recente se deve à reversão do salto nos custos de energia do ano passado.
“O restante tem que ser feito pela política econômica e pela política monetária”, disse Bailey em uma entrevista ao site ChronicleLive publicada nesta segunda-feira.
“E a política monetária está operando no que chamo de forma restritiva no momento –ela está restringindo a economia. A segunda metade, de lá para 2%, é um trabalho árduo e, obviamente, não queremos ver mais danos.”
O Stoxx 600 perdia 0,15%; na Alemanha, o DAX recuava 0,20%; o CAC 40 em queda de 0,09% na França; na Itália, o FTSE MIB recua 0,12%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,31% no Reino Unido.
(Com Reuters)
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