A safra de trigo do Brasil em 2023/24, que está sendo colhida, deve alcançar 9,28 milhões de toneladas, corte de 1,25 milhão de toneladas na comparação com a projeção de outubro devido a chuvas intensas no Sul, apontou nesta quinta-feira a StoneX, aumentando também a expectativa de importações pelo país.
“As chuvas contínuas no Rio Grande do Sul irão prejudicar a qualidade de grande parte do que será colhi
do; situação que se repete na região oeste catarinense, que deve ter uma colheita tardia em relação aos seus vizinhos”, disse o consultor em gerenciamento de riscos do grupo, Jonathan Pinheiro, em nota.
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
“No Paraná, a situação também é delicada. A região centro-sul do Estado, Campos Gerais, teve chuvas com volumes elevados a partir do momento de início da colheita, além de alagamentos que colaboraram para a redução do potencial de produção desta área”, acrescentou.
Com isso, a StoneX projeta uma redução de 16,7% na safra do Brasil em relação à temporada anterior, quando o país colheu um volume recorde de mais de 11 milhões de toneladas, segundo dados da consultoria.
A menor produção levará o país a aumentar suas importações.
Agora a StoneX projeta importações de 6,15 milhões de toneladas de trigo, versus 4,89 milhões na projeção anterior e 4,5 milhões na temporada passada.
Em relação às exportações de trigo, o grupo manteve sua estimativa em 1,86 milhões de toneladas, contra 2,66 milhões na temporada passada.
“O mercado busca escoar grande parte deste trigo de qualidade inferior, destinado a ração, para o mercado internacional, que possui preços competitivos e demanda no exterior. Ainda assim, há preocupações quanto à logística e a disponibilidade de janela portuária, considerando os volumes recordes de exportação de soja por Rio Grande e de milho pelo Paraná”, disse Pinheiro.
O post StoneX corta previsão de safra de trigo do Brasil e eleva necessidade de importação apareceu primeiro em Forbes Brasil.