O vintage é um estilo repleto de charme e personalidade, que traz autenticidade à decoração. Para quem gosta desse tipo de décor, garimpar móveis e objetos decorativos é uma boa maneira de agregar sofisticação à sua casa.
Nesse sentido, as arquitetas Ieda e Carina Korman, à frente do escritório Korman Arquitetos, dão dicas que podem te ajudar a garimpar peças vintage para deixar sua casa dentro dessa tendência.
Formas de garantir boas peças
As arquitetas sugerem vislumbrar o item desejado por meio de pesquisas prévias sobre as características, marcas e fabricantes – essa ficha técnica simplifica a busca e a colocação no ambiente, desde a questão de atravessar portas até o local definitivo que o item ocupará.
Feito isso, é chegada a hora de procurar e os principais locais englobam brechós, feiras de antiguidades, mercados de pulgas, lojas de móveis usados, leilões e até mesmo lojas online especializadas em itens vintage.
Nessa busca, também é importante observar a qualidade, pois embora as peças antigas, comumente, eram produzidas com materiais nobres, a utilização no passado pode implicar em danos estruturais significativos.
No caso de móvel, objeto quebradiço ou estofado que valha a pena restauração, a dupla de arquitetas indica recorrer a um profissional especializado, uma vez que dispõe do conhecimento necessário para a realização de reparos e a preservação da autenticidade das peças.
Contraste e equilíbrio
A genuinidade e a narrativa única do vintage propiciam uma grande facilidade na criação de pontos de destaque em um ambiente. Porém, as arquitetas alertam que o segredo está na combinação entre contraste e equilíbrio.
“Em excesso, as peças antigas entregam a percepção de obsoleto e ultrapassado. Esse erro é evitado por meio da mescla com outros estilos, seja o industrial, boho ou moderno, tornando o décor de interiores encantador”, explica Carina.
Além disso, as peças vintage possuem um apelo estético singular e, quando herdadas, tornam-se ainda mais especiais em função do valor sentimental atribuído. No entanto, Ieda enfatiza que a paleta de cores é o elo. “Para o equilíbrio visual entre o vintage e o estilo escolhido, é muito importante conciliar as tonalidades, texturas e proporções”.
Mas o vintage não está apenas focado na história ou lembranças. O design também agrega sua contribuição por meio das linhas curvas, formas orgânicas, pés palito, detalhes entalhados e estofados com tecidos texturizados.
Esses traços expressam uma contribuição à preservação do patrimônio cultural ao valorizar peças com importância histórica e cultural. “Sobretudo a expressão pessoal, pois como arte, elas conseguem revelar o íntimo da pessoa”, avalia Ieda.
Dentre os itens mais procurados no mercado, segundo as arquitetas, estão lustres e rádios antigos, máquinas de escrever, geladeiras retrôs, vinis, espelhos com molduras ornamentadas, objetos de colecionador, cadeiras e sofás com designs característicos de décadas passadas.
Retrô x vintage
Outra alternativa charmosa e nostálgica é apostar no retrô, que são novas, mas fazem uma releitura com épocas de outrora. Carina afirma que são ótimas adições quando bem combinadas com elementos modernos e a aplicação no décor se assemelha bastante com o vintage.
“Os dois estilos trazem aquela sensação de época e um significado especial. O design retrô, assim como o vintage, precisa ser pautado pelo contraste e equilíbrio dos elementos no ambiente. Para quem se preocupa em conquistar espaços únicos, as peças costumam ser autênticas ou limitadas, entregando ainda mais no lar”, completa.