O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (13) em queda de 0,14%, mas permaneceu acima dos 120 mil pontos. A queda do índice foi influenciada pela cautela nos mercados internacionais, devido à revisão feita pela Moody’s, que alterou a perspectiva de classificação de risco dos Estados Unidos de “estável” para “negativa”.
A agência de classificação de risco Moody’s justificou essa revisão citando os grandes déficits fiscais e a redução da capacidade de pagamento da dívida, o que gerou críticas do governo de Joe Biden. Esse movimento ocorre após a Fitch, outra agência de classificação de risco, ter rebaixado a classificação de risco soberano dos EUA no mesmo ano, após meses de disputa política relacionada ao teto da dívida.
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Em uma sessão com agenda esvaziada, os investidores também estavam atentos aos dados econômicos que serão divulgados ao longo da semana e aos discursos das autoridades do Federal Reserve. Eles procuram pistas sobre a direção das taxas de juros, em meio às crescentes expectativas de que o Fed possa reduzir os custos de empréstimos no próximo ano.
Na terça-feira (14), espera-se que os dados de inflação mostrem uma desaceleração dos preços ao consumidor nos Estados Unidos, caindo para 3,3% em outubro em comparação com os 3,7% registrados em setembro. No entanto, a expectativa é de que o núcleo da inflação permaneça estável em relação ao mês anterior.
Os três principais índices de ações dos EUA tiveram desempenhos distintos nesta segunda-feira, com Dow Jones avançando 0,16%, a Nasdaq caindo 0,22% e S&P 500 registrando uma queda de 0,11%.
No Brasil, os investidores continuaram atentos ao risco fiscal, em meio a discussões sobre a possibilidade de alteração das metas fiscais para 2024, devido às dificuldades do governo em aumentar a arrecadação. Na semana anterior, fontes informaram à Reuters que o governo manterá, pelo menos temporariamente, o objetivo de superávit primário zero. Isso dará tempo ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para negociar a aprovação de medidas que ampliem a arrecadação, na tentativa de evitar a alteração desses parâmetros.
Entre as altas do dia, está a Renner (LREN3). Na visão dos especialistas, o que está acontecendo é que o mercado vem reprecificando ativos de empresas que são bem sensíveis a mudanças nas taxas de juros por conta de um IPCA melhor que o esperado divulgado na sexta-feira. Com isso, as ações de varejo, principalmente, passaram a ser alvo de compra dos investidores, com uma perspectiva melhor em relação aos futuros resultados.
Já entre as principais quedas, está a B3 (B3SA3), que teve sua recomendação pelo BTG rebaixada hoje. “É um ativo que negocia a múltiplos altos, portanto quando um banco de grande porte rebaixa a recomendação de compra para neutra, isso acaba atraindo forte fluxo vendedor para o papel”, disse Andre Fernandes, head de renda variável da A7 Capital.
Destaques do pregão
Maiores Altas:
LREN3: +3,32% a R$ 13,42
PETZ3: +2,89% a R$ 3,92
ELET3: +2,65% a R$ 38,28
TOTS3: +2,52% a R$ 32,60
PETR4: +2,45% a R$ 35,57
Maiores Baixas:
B3SA3: -3,63% a R$ 12,40
FLRY3: −2,72% a R$ 16,45
MGLU3: −3,89% a R$ 1,73
CVCB3: −2,96% a R$ 2,95
BBDC4: −2,19% a R$ 14,71
Exterior
As ações europeias subiram em um rali generalizado nesta segunda-feira, com investidores aguardando uma série de dados ao longo da semana para esclarecer as perspectivas econômicas, enquanto os principais bancos centrais defendem políticas monetárias restritivas. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,75%, a 446,62 pontos, depois de registrar seu maior declínio em um único dia em três semanas na sexta-feira, com uma queda de 1%.
(Com Reuters)
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