Antes de se tornar um bilionário exclusivamente por meio de suas habilidades de investimento, Warren Buffett obteve seu diploma de mestrado em administração pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Lá, ele estudou com o professor Benjamin Graham, conhecido como o “pai do investimento em valor”.

Graham, que co-escreveu o livro “Security Analysis,” já havia publicado essa obra há mais de 15 anos antes de Buffett ingressar na Universidade. Esse livro é amplamente reconhecido como um tratado essencial sobre investimento após a promulgação da Lei de Valores Mobiliários de 1934. Essa legislação introduziu requisitos de padronização e divulgação de informações financeiras obrigatórias, fornecendo assim uma base fundamental para avaliar empresas.

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O professor publicou vários livros sobre identificação de investimentos atrativos, e um deles, “O Investidor Inteligente”, no qual abordou a ideia de dois tipos de investidores: agressivos e defensivos. Investidores defensivos, aqueles que são avessos ao risco, foram aconselhados a não comprar ações com múltiplos altos (preço por ação em relação ao lucro) ou que fossem negociadas a mais de 1,5 vezes o valor contábil por ação. Valor contábil é a diferença entre os ativos e passivos.

Essas orientações levaram ao “número de Graham“, um preço máximo que um investidor defensivo deveria pagar por uma ação. Ele acreditava na importância de ser conservador e escolher ações com margens de segurança.

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“Não há nada de errado em ter um limitador de valuation em sua análise de ações, mas o número de Graham é muito simplista para ser empregado em massa, especialmente no ambiente atual, em que o valor patrimonial pode ser um alvo em movimento,” diz John Buckingham, investidor e editor da newsletter The Prudent Speculator.

Desta forma, a Forbes compilou uma lista de 12 ações nos Estados Unidos que atualmente estão sendo negociadas abaixo do “número de Graham” e oferecem dividendos bem cobertos pelo fluxo de caixa.

Esses ativos podem ser atraentes para investidores defensivos em busca de valor, desde que atendam a critérios específicos, incluindo uma relação dívida/patrimônio inferior a 60%, resultados financeiros positivos (lucro ou valor patrimonial positivos) e um múltiplo razoável de valor da empresa para Ebitda. Todos os 12 nomes listados são classificados de acordo com a relação dívida-patrimônio, do menor para o maior, e quatro deles também são negociados na bolsa brasileira.

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