O Ibovespa opera em alta de 0,38% na abertura do pregão de hoje (9), a 119.633 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores estão atentos à repercussão da aprovação da reforma tributária no Senado, que agora segue para a Câmara dos Deputados. No exterior, a expectativa continua em torno dos direcionamentos do Federal Reserve sobre a política monetária dos Estados Unidos.
O dólar avançava 0,03% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9087.
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O plenário do Senado aprovou a noite de quarta-feira (8), em dois turnos de votação, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária que prevê a unificação de tributos e uma “trava” para o crescimento da carga, entre outros pontos, e volta agora para a Câmara dos Deputados, após ser modificada pelos senadores.
Em discussão há décadas no Congresso, a reforma tributária avança mais uma etapa em sua tramitação em uma votação relativamente rápida no Senado, levando-se em conta a obrigatoriedade de análise em dois turnos e a complexidade do tema.
Tanto no primeiro quanto no segundo turno o texto principal da proposta obteve 53 votos a favor e 24 contrários, confirmando a expectativa do governo, que calculava angariar aproximadamente 50 votos. Por se tratar de uma alteração constitucional, a proposta precisava de ao menos 49 votos a favor.
Por aqui, o Banco Central afirmou que não vê riscos relevantes para a estabilidade financeira, num cenário de capitalização, liquidez e provisões adequadas, mas destacou em um relatório semestral os efeitos dos juros altos sobre o crédito, bem como um “grau de incerteza elevado” no ambiente internacional.
Em seu Relatório de Estabilidade Financeira, publicado nesta quinta-feira, o BC disse considerar que “não há risco relevante para a estabilidade financeira”, com testes de estresse de capital e de liquidez demonstrando “robustez” do sistema bancário.
“A expectativa é positiva para os próximos trimestres em razão da qualidade das novas concessões, da redução das estimativas de perdas com crédito e da gradual flexibilização monetária”, avaliou a autarquia no documento, enfatizando que o sistema bancário permanece com liquidez confortável, enquanto a base de capital segue sólida e a estrutura de capital está mais homogênea entre os segmentos de credores.
No cenário corporativo, a Casas Bahia registrou prejuízo líquido de R$ 836 milhões no terceiro trimestre, perda 311,8% maior do que a registrada um ano antes, com queda de vendas e impactos de sua nova estratégia de negócios.
A companhia também atualizou o mercado sobre o andamento de seu plano de reestruturação para 2025, com possibilidade de fechamento de um número menor de lojas ante o previsto inicialmente, além de potenciais ganhos adicionais com receitas e custos.
A Equatorial Energia teve lucro líquido ajustado de R$ 851 milhões no terceiro trimestre, crescimento de cerca de 26% na comparação anual, informou a empresa na noite de quarta-feira. Desconsiderando ajustes para itens não recorrentes, o lucro líquido do grupo alcançou R$ 928 milhões no período, contra R$ 585 milhões um ano antes.
A companhia de energia elétrica Copel encerrou o terceiro trimestre com um lucro líquido de R$ 441,2 milhões, cifra 16,6% superior à registrada em igual período do ano passado. No mesmo trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 1,43 bilhão, aumento de 26,8% na comparação anual.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, os investidores estão aguardando por mais comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, depois que ele deixou de falar sobre as perspectivas de política monetária em seu discurso feito na manhã de quarta-feira (9).
Na Ásia, as ações chinesas fecharam praticamente estáveis nesta quinta-feira, depois que dados sobre os preços ao
consumidor reavivaram as preocupações com a recuperação, enquanto os investidores avaliavam a evolução do setor imobiliário e outras medidas de estímulo.
Por lá, os preços ao consumidor caíram em outubro, no momento em que indicadores da demanda doméstica apontam para uma fraqueza não vista desde a pandemia, enquanto a deflação nas fábricas se aprofundou, lançando dúvidas sobre as chances de uma recuperação econômica ampla.
O índice de preços ao consumidor caiu 0,2% em outubro em relação ao ano anterior e 0,1% na comparação com setembro, segundo dados da Agência Nacional de Estatísticas divulgados nesta quinta-feira.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,33%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,22%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,03%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 1,49%.
Na Europa, o balanço patrimonial do Banco Central Europeu precisa ser muito menor, mas não pode voltar aos níveis observados em seus primeiros anos, disse o economista-chefe do BCE, Philip Lane, nesta quinta-feira.
O BCE prometeu elaborar, até a primavera (no Hemisfério Norte) de 2024, uma nova estrutura para controlar os juros de curto prazo depois de uma década de forte impressão de dinheiro, que inundou o sistema bancário com cerca de 3,6 trilhões de euros através de compras de títulos e empréstimos.
O Stoxx 600 ganhava 0,71%; na Alemanha, o DAX avançava 0,51%; o CAC 40 em alta de 0,85% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,57%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,48% no Reino Unido.
(Com Reuters)
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