Maioria dos C-Levels brasileiros pretende aumentar investimento em IA em 2024

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Fabio Santos, CEO da CDN: “A tecnologia é algo transversal e a inteligência artificial já é uma realidade que transforma os mais diferentes segmentos de negócio”

Inteligência artificial segue como um tema estratégico para C-Levels brasileiros. Mais uma pesquisa constatou que a tecnologia está na agenda da maioria dos executivos e executivas do país. Levantamento feito pela Data-Makers e CDN, com 373 lideranças, mostra que IA será um elemento importante para novos negócios em 2024. Somente em 2023, a consultoria IDC estima que o Brasil invista US$ 1 bilhão em IA, aumento de 33% em relação ao ano anterior.

Dos entrevistados, 39% são CEOs, 58% C-Levels e 3% representados por conselheiros. Entre eles, 44% pretendem aumentar investimento em IA no próximo ano, outros 35% vão manter o nível. Somente 22% pretendem diminuir algum tipo de investimento feito na tecnologia.

Dos segmentos nos quais a tecnologia é mais presente estão Serviços, 15%, TI, 13% e Consultoria, 11%. Sobre a importância de que as lideranças conheçam sobre IA, 56% consideram extremamente importante, 38% importante e 6% razoavelmente importante. Porém, quando questionados sobre o conhecimento que possuem do tema, 76% admitem conhecimento razoável, 13% nenhum conhecimento e 11% conhecimento considerável sobre IA. A maioria –  56% – dos executivos acreditam que o tema inteligência artificial é extremamente importante para os negócios.

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Quando expostos à frase “inteligência artificial é fundamental para a competitividade da minha empresa no futuro”, 57% concordam totalmente, enquanto apenas 1% discordam parcialmente, enquanto outros 12% são neutros. Já no quesito “inteligência artificial é uma prioridade para a minha empresa”, 23% concordam.

“Observamos muitos profissionais do C-Level ainda como entusiastas, olhando a inteligência artificial de maneira mais disruptiva, embora algumas empresas já discutam esse tema dentro de comitês estratégicos. Notamos também que ainda não há formação sobre uso de inteligência artificial no contexto dos conselhos de administração. Existem muitas ferramentas de IA olhando para otimização de processos, especialmente em empresas de grande porte do setor de indústria e serviços, mas por enquanto nenhuma que auxilie os conselheiros em assuntos tratados no seu dia a dia como governança, planejamento estratégico e planejamento sucessório, por exemplo”, explica Thiago Gaudencio, sócio da Page Executive.

“As empresas não podem mais pensar em IA com um fim em si mesma. E nem aderir a ela pelo hype. IA também não é meramente uma ferramenta para automatizar processos e reduzir custos. É importante que as empresas enxerguem o potencial de IA como um meio para gerar novos insights, processar informações e melhorar a qualidade de suas ofertas, produtos e tomada de decisão de maneira exponencial e escalável”, aponta Fabrício Fudissaku, CEO da Data-Makers.

Na perspectiva para os próximos 12 meses, quase a metade dos líderes prevê o aumento de investimento em inteligência artificial. Nesse cenário, 44% pretendem elevar esse aporte, 35% manter o nível, enquanto 18% ainda não sabem. Apenas 4% admitiram diminuir esse investimento. Os executivos consultados planejam injetar essas verbas em inteligência artificial principalmente para: automação de processos, 32%, apoio para tomada de decisão, 29%, desenvolvimento de novos produtos, 25%, processos de marketing e vendas, 24% e atendimento ao consumidor 23. “Na Data-Makers, temos visto um interesse crescente em IA por clientes de todos os portes. Desde multinacionais até ONGs estão em uma corrida por aplicações de IA. Mas para além de automatizar processos e reduzir custos, é crucial que as empresas conheçam o poder transformador de IA em seus negócios”, explica Fabricio.

Thiago Gaudencio, sócio da Page Executive: “Observamos muitos profissionais do C-Level ainda como entusiastas, olhando a inteligência artificial de maneira mais disruptiva”

“A tecnologia é algo transversal e a inteligência artificial já é uma realidade que transforma os mais diferentes segmentos de negócio. Para quem trabalha com o mercado de comunicação, os horizontes são ainda mais promissores e ao mesmo tempo desafiadores, uma vez que a informação é o principal alimento do aprendizado das máquinas (machine learning), seja em texto, voz ou imagem. Não por acaso, nosso principal investimento neste ano foi o aprimoramento tecnológico da nossa ferramenta de mensuração IQEM (Índice de Qualidade de Exposição nas Mídias), que na nova versão apresenta uma combinação equilibrada entre inteligência artificial e inteligência humana para mensurar, avaliar e direcionar as ações estratégicas dos nossos clientes”, afirma Fabio Santos, CEO da CDN.

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A falta de profissionais e da cultura de inteligência artificial são as principais barreiras de adoção dentro das empresas. Nesse aspecto, 48% dos executivos acreditam que há escassez de pessoas preparadas para atender a área e 42% acham que o déficit de conhecimento também é um grande empecilho. Entre as outras barreiras estão o pouco preparo da liderança, 37%, limitação de recursos financeiros, 26% e falta de confiança em inteligência artificial e suas implicações éticas, 22%. “A inteligência artificial tem enorme eficiência na captura e organização de dados. Em certos casos, inclusive oferece insights relevantes. É à inteligência humana, porém, que cabe a análise, o planejamento estratégico e a tomada de decisões. Essas são tarefas que exigem criatividade e entendimento de contexto, características humanas”, pontua Fernanda Dantas, head de digital e inteligência de dados da CDN.

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O que motiva a adoção de inteligência artificial?

Questionados sobre os elementos motivadores da IA, 62% apontam que é a eficiência operacional, 55% tomada de decisão baseada em dados, 41% para melhorar otimização de custos de produção e 38% para mitigar os riscos, por fim, 37% acreditam que IA é importante para conhecimento e desenvolvimento de novos produtos. “Ainda estamos em um momento de descoberta em relação à IA. Embora reconheçam a sua importância, os líderes de negócios ainda estão explorando todas as suas aplicações. É a sensação de que eles estão ficando para trás, em comparação com o mercado, que estão os tirando da inércia”, aponta Fabrício Fudissaku.

 

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