Ibovespa avança com baixa da inflação em outubro

Nesta quinta-feira (26), o Ibovespa subiu 1,73% e fechou a 114.776,86 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 21,36 bilhões. O mercado foi impulsionado pelo alívio nas taxas de juros futuros. A rentabilidade dos contratos DI com vencimento em janeiro de 2024 caiu 0,01 ponto percentual para 12,1% ao ano, o que apoiou as ações de empresas sensíveis a juros, principalmente o setor de empresas de consumo.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, nesta quinta-feira (26), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de outubro. A inflação foi de 0,21%, abaixo dos 0,35% em setembro, e em linha com os 0,20% esperados pelo mercado. O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, usado pelo Banco Central (BC) para a meta de inflação.

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A desaceleração da inflação foi provocada pela queda de 0,31% nos preços de Alimentos e bebidas. Segundo o IBGE, os preços desse grupo recuaram pelo quinto mês consecutivo. Isso compensou em parte o salto de 23,75% nos preços das passagens aéreas.

Destaques do dia

O setor de varejo alimentar liderou as altas do dia. As ações do Carrefour (CRFB3), da Assai (ASAI3) e do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) subiram, respectivamente, 6,96% a R$ 9,22, 6,07% a R$ 11,70 e 5,49% a R$ 3,46. Além disso, a Vale (VALE3) teve uma valorização de 2,14% antes da divulgação de seu balanço do terceiro trimestre, após o fechamento do mercado.

Entre as maiores baixas, as ações da Petrobras (PETR3/PETR4) caíram 0,74% e 1,03%, em meio ao declínio dos preços do petróleo no exterior. As cotações do barril de óleo do tipo Brent, referência para a Petrobras, desvalorizou 1,62%, a US$ 88,67. A companhia também afirmou nesta quinta-feira (26) que não há qualquer encaminhamento entre a empresa e a boliviana YPFB para instalação de uma fábrica de fertilizantes na Bolívia, ao comentar notícia publicada na véspera.

No exterior

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street fecharam em baixa, com as ações de megacapitalização permanecendo sob pressão. Além disso, os investidores mantêm o foco sobre a intensa temporada de balanços e um conjunto misto de dados sobre a economia norte-americana.

Na Europa, os índices acionários reverteram as perdas do início da sessão, depois que o Banco Central Europeu (BCE) manteve suas taxas de juros estáveis. Porém, os balanços corporativos pessimistas, inclusive do Standard Chartered, pesaram sobre o índice de referência. O BCE manteve as taxas de juros em 4%, interrompendo uma sequência sem precedentes de dez aumentos consecutivos, sinalizando uma política monetária estável à frente.

(Com Reuters)

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