Responsável por equilibrar diversas funções no organismo, desde o sistema imunológico e hormonal até a consolidação da memória e o equilíbrio emocional, o sono de qualidade pode estar diretamente relacionado ao tempo de uso de um colchão.
De acordo com Vanessa Ferraz, especialista da BF Colchões, a utilização de colchões mais velhos pode afetar as vias respiratórias e desencadear crises alérgicas e inflamatórias, como rinite, sinusite e bronquite.
“Algumas pessoas relatam que seu colchão possui 20 ou 30 anos e que ainda está em perfeitas condições. Mas isso é um grande risco, principalmente quando pensamos na proliferação de ácaros, que são capazes de desencadear episódios frequentes de alergias e outros problemas respiratórios”, explica ela.
Segundo o fisioterapeuta do centro integrado Clinisport, Mauri Oliveira Brito Júnior, os colchões mais velhos também podem trazer algumas complicações de origem muscular e ortopédica, especialmente em regiões como pescoço e coluna.
“A pessoa eventualmente se sente sempre cansada, como se as noites de sono não fossem mais suficientes. Muitas vezes, até começa a ter problemas de insônia. Quando um colchão perde o prazo de validade, sua estrutura não é mais a mesma e ele não consegue oferecer o suporte ideal para manter a coluna alinhada”, aponta.
Cuidados com o colchão
Todo modelo apresenta um prazo de validade que varia entre 5 e 10 anos, dependendo de como ele é conservado e utilizado. Para isso, é importante deixar o colchão longe do chão, em uma estrutura de suporte adequada.
Ao higienizá-lo, Vanessa explica que é preciso prestar atenção com os produtos aplicados e a quantidade de água, que não pode ser utilizada em excesso. Ela também recomenda girar o colchão na cama a cada 15 dias para inverter os pontos que sentem mais a pressão do corpo.
“Evitar sentar-se nas bordas e brincadeiras recorrentes de pular no colchão, pode ajudar a mantê-lo por mais tempo. Ao sentir desconfortos frequentes após as noites de sono, é sinal de que está na hora de avaliar suas condições e se está na hora de trocá-lo”, conclui a especialista.