As gravadoras Universal Music, ABKCO e Concord processaram a empresa de inteligência artificial Anthropic em um tribunal federal do Tennessee, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (19), acusando-a de usar indevidamente uma quantidade “incontável” de letras de músicas protegidas por direitos autorais para treinar seu chatbot Claude.
O processo afirma que a Anthropic viola os direitos das gravadoras por meio do uso de letras de pelo menos 500 músicas, desde “God Only Knows” dos Beach Boys e “Gimme Shelter” dos Rolling Stones até “Uptown Funk” de Mark Ronson e Bruno Mars e “Halo” de Beyoncé.
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O advogado das empresas de música, Matt Oppenheim, se recusou a comentar o litígio, mas afirmou que o processo é “bem fundamentado pela lei de direito autoral que proíbe entidades de reproduzir, distribuir e exibir obras protegidas por direitos autorais de terceiros para construir seu próprio negócio, a menos que obtenham permissão dos detentores de direitos”.
Muitos detentores de direitos autorais, incluindo autores e artistas visuais, têm processado empresas de tecnologia como a Meta e a OpenAI devido ao uso de seus trabalhos para o treinamento de seus sistemas de IA generativa.
A ação das gravadoras parece ser o primeiro caso relacionado a letras de músicas e o primeiro contra a Anthropic, que recebeu apoio financeiro do Google, da Amazon e do ex-bilionário de criptomoedas Sam Bankman-Fried.
Representantes da Anthropic não responderam imediatamente a um pedido de comentários.
O post De Beyoncé a Bruno Mars: gravadoras processam empresa de IA por direitos autorais de músicas apareceu primeiro em Forbes Brasil.