Raízen e Wartsila pesquisarão uso de etanol no transporte marítimo

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Mike Blake/Reuters

A indústria do transporte marítimo procura reduzir a sua significativa pegada de dióxido de carbono (CO2)

A Raízen, maior produtora mundial de etanol de cana-de-açúcar, e a Wartsila, líder em propulsão para transporte marítimo, cooperarão em um programa de pesquisa para testar o etanol como opção de combustível para navios, segundo as empresas.

A finlandesa Wartsila já produz motores bicombustíveis para navios que podem operar tanto com gasóleo como com metanol. O objetivo da colaboração com a Raízen é testar o etanol como combustível alternativo nesses motores.

A indústria do transporte marítimo procura reduzir a sua significativa pegada de dióxido de carbono (CO2). Estabeleceu metas para reduzir as emissões de CO2 em 40% até 2030 e 70% até 2050.

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Até agora, apenas alguns navios possuem motores que podem funcionar com qualquer combustível que não seja à base de petróleo.

Stefan Nysjö, vice-presidente de fontes de energia da Wartsila, disse que o metanol e o etanol são semelhantes e que o acordo com a Raízen é uma oportunidade para ampliar o conhecimento sobre possíveis combustíveis de baixo carbono para a indústria naval.

A Raízen fornecerá etanol de primeira e segunda geração para a pesquisa, além de alocar uma equipe para trabalhar com os pesquisadores da Wartsila.

A empresa brasileira acredita que seu etanol poderia reduzir as emissões de carbono em até 80%.

Há divergências nas pesquisas em todo o mundo sobre o potencial do etanol para reduzir emissões. O etanol de primeira geração é aquele produzido a partir da cana-de-açúcar ou de cereais como milho ou trigo, enquanto a segunda geração é produzida a partir de resíduos vegetais e pode ser carbono negativo.

A Raízen iniciou este mês a produção de sua segunda planta de etanol 2G no Brasil, onde investiu 1,2 bilhão de reais.

Paulo Neves, vice-presidente de Comercialização da Raízen, disse que a empresa concluirá mais duas plantas de etanol 2G em 2024 e outras duas em 2025.

“Hoje fornecemos etanol para mais de 40 países, de forma muito competitiva. Isso mostra que o combustível está disponível”, disse.

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