IGP-10 acelera mais do que o esperado em outubro, mostra FGV

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REUTERS/PauloWhitaker

Assim, o índice passou a acumular em 12 meses queda de 4,88%

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou a alta mais do que o esperado em outubro, marcando a maior taxa mensal em mais de um ano, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (17).

O IGP-10 teve alta 0,52% neste mês, contra avanço de 0,18% em setembro, ficando bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,39% e registrando a variação positiva mais acentuada desde julho de 2022 (+0,60%).

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Assim, o índice passou a acumular em 12 meses queda de 4,88%, desacelerando as perdas ante a deflação de 6,35% em setembro.

Em outubro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, avançou 0,61%, acelerando ante o ganho de 0,23% no mês passado.

“No contexto do IPA, o preço do minério de ferro desempenhou um papel central, experimentando um significativo aumento de 7,31%”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços. “Essa elevação foi impulsionada pela política de apoio econômico adotada pela China, que é o maior consumidor global desse produto.”

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), por sua vez, que responde por 30% do indicador geral, subiu 0,25% em outubro, contra variação positiva de 0,02% no mês anterior.

Entre os destaques desse segmento, o grupo Educação, Leitura e Recreação passou a subir 2,10%, abandonando a queda de 1,32% vista em setembro, com disparada de 13,96% do item passagem aérea neste mês, ante baixa de 9,14% no período anterior.

Enquanto isso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,36% em outubro, contra 0,18% em setembro.

Vários dados recentes têm mostrado os índices de preços recuperando o fôlego no Brasil, indicando que a inflação já atingiu seu ponto mais baixo do ano, como era esperado diante do nível restritivo da política monetária.

A Selic está atualmente em 12,75%, continuando em patamar contracionista mesmo após duas reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual nos juros pelo Banco Central, que manteve sua taxa básica em 13,75% por quase um ano de forma a combater a inflação.

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