A suspensão da tarifa do Egito para a importação de carne de frango favorecerá o fluxo dos embarques de produtos brasileiros para o mercado do norte da África, afirmou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta sexta-feira (13).
Conforme comunicado divulgado pelo governo egípcio nesta semana, a suspensão da tarifa MFN (válida para todos os países), que era de 30%, foi zerada pelo período de seis meses para frango inteiro — principal produto enviado pelo Brasil para este mercado.
O Brasil é o principal fornecedor do produto para o mercado egípcio, com mais de 90% de participação sobre as importações do país do norte africano.
“Com a suspensão da tarifa, a expectativa é que o produto brasileiro fique mais competitivo, complementando a oferta local, que tem sido impactada pelos efeitos da Influenza Aviária em seu território e dos aumentos dos custos de produção”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota.
O Egito está entre os 20 maiores importadores de carne de frango do Brasil, maior exportador global do produto.
Entre janeiro e setembro, o Egito importou 50 mil toneladas de carne de frango, gerando receita de US$ 107,7 milhões no período.
Segundo o diretor de Mercados da ABPA, Luis Rua, essa melhoria das condições tarifárias para o acesso ao mercado egípcio se soma à recente abertura para exportações de carne de frango à Argélia, “que tem perfil de consumo parecido, possibilitando novas oportunidades para os exportadores brasileiros”
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