Bilionário ex-chefe da Fórmula 1 se declara culpado por fraude

  • Post author:
  • Reading time:3 mins read
Getty Images

O empresário de 92 anos admitiu a fraude depois de não ter declarado um fundo em Cingapura que continha cerca de US$ 650 milhões às autoridades fiscais britânicas em 2015

O bilionário Bernie Ecclestone se declarou culpado por fraude nesta quinta-feira (12), depois que promotores britânicos do Crown Prosecution Service o acusaram de esconder centenas de milhões de dólares em ativos no exterior, sendo o mais recente de uma série de escândalos envolvendo o polêmico ex-chefe da Fórmula 1.

O empresário de 92 anos admitiu a fraude depois de não ter declarado um fundo em Cingapura que continha cerca de US$ 650 milhões às autoridades fiscais britânicas em 2015. “Eu me declaro culpado”, disse Ecclestone a um juiz no Tribunal da Coroa de Southwark, em Londres, de acordo com relatos de notícias.

Fórmula 1: as dez equipes mais valiosas em 2023










Ecclestone foi acusado no ano passado após uma investigação complexa realizada pela agência fiscal britânica HMRC. O bilionário, que havia anteriormente se declarado inocente da acusação de fraude, estava programado para enfrentar julgamento por essa acusação em novembro.

Os promotores informaram ao tribunal que Ecclestone havia declarado apenas um trust em nome de suas filhas às autoridades fiscais e as enganou ao afirmar que não tinha ligações com outros trusts, apesar de não estar claro quanto à estrutura de propriedade e se elas eram passíveis de impostos. Sem o conhecimento dessas informações, os promotores argumentaram que a resposta de Ecclestone era conscientemente “falsa ou enganosa” e poderia ter impedido as autoridades de prosseguir com qualquer investigação em seus assuntos fiscais.

Ecclestone supostamente chegou a um acordo com a HMRC na segunda-feira (9) para pagar 652,6 milhões de libras (US$ 803 milhões) para cobrir 18 anos fiscais.

Trajetória

Ecclestone liderou a Fórmula 1 por quatro décadas e transformou o esporte de nicho em um fenômeno global. Durante esse período, e apesar de vender a maior parte de sua participação nos anos 1990, ele controlou o esporte e os negócios, saindo do comando em 2017, quando a Liberty Media comprou a F1 por US$ 4,4 bilhões.

Em 2022, foi preso no Brasil depois que uma arma foi encontrada em sua bagagem em um aeroporto. Depois, elogiou o presidente russo Vladimir Putin, chamando-o de “pessoa de primeira classe” pela qual “tomaria uma bala”, mas posteriormente se desculpou e enfatizou que não apoia a invasão da Ucrânia pelo país.

Leia também: 

Ferrari é a equipe mais valiosa da F1; veja o ranking de 2023
Brasil no grid da F1? Conheça os 7 pilotos que são contratados das equipes
McLaren de 1988 ou Red Bull de 2023: qual o ‘time dos sonhos’ da Fórmula 1?

Ele também se desculpou por comentários desagradáveis sobre Adolf Hitler, foi acusado de subornar um banqueiro na Alemanha – sendo posteriormente inocentado após resolver o caso nos tribunais – e afirmou que a Fórmula 1 estava “muito ocupada” para lidar com o racismo. Além disso, esteve no centro de um grande escândalo de doações políticas na Grã-Bretanha na década de 1990.

De acordo com o rastreador em tempo real da Forbes, o patrimônio líquido de Bernie Ecclestone é de US$ 2,9 bilhões (R$ 14,6 bilhões).

O post Bilionário ex-chefe da Fórmula 1 se declara culpado por fraude apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Deixe um comentário