Ozempic aumenta risco de sérios problemas estomacais, segundo estudo

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REUTERS/George Frey/Arquivo

Ozempic é remédio para diabetes, mas vem sendo usado por pessoas que buscam emagrecer

Um estudo publicado na última quinta-feira (5) no The Journal of the American Medical Association (JAMA) concluiu que, em comparação a outros medicamentos para perda de peso, Ozempic, Wegovy, Saxenda e Rybelsus podem aumentar o risco de gastroparesia, obstrução intestinal e mais problemas estomacais graves. Os pesquisadores, no entanto, afirmam que o risco ainda é “razoavelmente baixo” .

Estudos anteriores encontraram uma ligação entre diabéticos que tomam esses medicamentos e um maior risco de eventos gastrointestinais adversos, mas este é o primeiro estudo a examinar os riscos de pessoas que tomam os medicamentos – conhecidos como agonistas do GLP-1 – estritamente para perda de peso.

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O estudo analisou 613 pacientes que tomavam semaglutida (vendida sob os nomes Wegovy, Ozempic e Rybelsus) e 4.144 que tomavam outro GLP-1 chamado liraglutida (também conhecido como Saxenda), e os comparou a 654 pacientes que tomaram bupropiona-naltrexona – outro medicamento popular para perda de peso, mas que não é GLP-1 e é vendido sob a marca Contrave.

Os pacientes que tomaram os dois agonistas do GLP-1, em comparação com os que tomaram bupropiona-naltrexona, tiveram risco 9,09 vezes maior de pancreatite, 4,22 vezes maior de obstrução intestinal e 3,67 vezes maior de gastroparesia ou paralisia estomacal.

No geral, 11 dos pacientes que receberam semaglutida e 372 dos que receberam liraglutida tiveram problemas gastrointestinais, em comparação com 22 pacientes que receberam bupropiona-naltrexona, segundo descobriu o estudo.

Embora a incidência de dois problemas de saúde específicos – gastroparesia e pancreatite – tenha sido maior em pacientes que receberam semaglutida do que naqueles da bupropiona-naltrexona, a incidência de obstrução intestinal foi menor em pacientes semaglutida. Os pesquisadores também encontraram uma maior taxa de incidência de doença biliar, no entanto, a diferença não foi estatisticamente significativa.

Embora esses problemas sejam raros, os cientistas recomendam que os fabricantes dos medicamentos atualizem os seus rótulos — que atualmente não abordam a possibilidade de gastroparesia — para informar o risco. Segundo eles, essa é uma “informação crítica para os pacientes saberem”.

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