Com sua própria versão do ChatGPT, SAP quer levar IA para meio milhão de clientes

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Christian Klein, CEO e membro do Conselho Executivo da SAP: “O Joule saberá o que você quer dizer, não apenas o que você diz”

A SAP anunciou, nesta terça-feira, 26, em Walldorf, na Alemanha, onde está sua sede global, o novo sistema integrado de inteligência artificial generativa da companhia, batizado de Joule. IA generativa é a mesma tecnologia que dá base ao Bard e ChatGPT, e agora, também fará parte do ecossistema da companhia alemã. No entanto, o foco do Joule é integrar diversas plataformas e ferramentas da empresa para mais de 400 mil clientes e um total de 300 milhões de usuários únicos. Um dos objetivos da ferramenta, como descreve a SAP, é classificar e contextualizar os dados de vários sistemas para transformá-los em informação inteligente.

O novo sistema inclui investimentos diretos e de parceiros como Microsoft, Google Cloud e IBM. Além disso, parte da expansão do Joule conta com o investimento de US$ 1 bilhão da Sapphire Ventures LLC, empresa global de capital de risco na área de software, para financiar startups de tecnologia empresarial alimentada por IA.

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Em conversa com jornalistas reunidos na sede da empresa, o que inclui a Forbes Brasil, Thomas Saueressig, membro do board executivo da SAP, ressaltou que esse lançamento é um passo importante para a companhia, sobretudo pelo impacto da IA generativa na dinâmica dos clientes nos próximos anos. “Já utilizamos IA praticamente em todas nossas indústrias e agora, a IA generativa, com ChatGPT e outras plataformas, mostrou a importância de integrar essa tecnologia aos nossos sistemas e processos e usa lá de forma contextual ao desafio de cada cliente e indústria”, destacou Thomas.

De acordo com o executivo, as empresas que já saíram na frente em relação ao uso de IA generativa também são aquelas que estruturaram e desenvolveram sua estratégia de dados. “IA generativa diz respeito a um alto nível de processamento de dados e considerando a capacidade que a SAP tem, atualmente, no processamento e aplicação de data, faz cada vez mais sentido que a gente avance nesse tema.”

“O Joule tem potencial e a missão de redefinir a forma como trabalham as empresas – e as pessoas que as impulsionam, ele se baseia na posição única que a SAP ocupa no eixo entre negócios e tecnologia e na abordagem relevante, confiável e responsável dada à inteligência artificial. O Joule saberá o que você quer dizer, não apenas o que você diz”, afirma Christian Klein, CEO e membro do Conselho Executivo da SAP. Christian promete, por exemplo, que o sistema pode identificar regiões com fraco desempenho; ligar a outros conjuntos de dados que revelem um problema na cadeia de fornecimento; e ligar automaticamente ao sistema da cadeia de fornecimento para oferecer potenciais correções para análise do fabricante.

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Apesar de não se limitar a um segmento ou função, o Joule terá funções práticas em áreas como Recursos Humanos, por exemplo, onde ajudará a escrever descrições de funções de trabalho sem vieses e a gerar perguntas de entrevistas de emprego. “Após o entusiasmo inicial em torno da IA generativa, começa o trabalho para garantir retornos mensuráveis sobre o investimento”, destaca Phil Carter, vice-presidente do Worldwide Thought Leadership Research da IDC. “A SAP entende que a IA generativa acabará por se tornar parte da vida cotidiana e do trabalho e está se empenhando para desenvolver um copiloto de negócios que se concentre na geração de respostas com base em cenários do mundo real – e que tenha as proteções necessárias para garantir que seja também responsável.”

*De Walldorf, na Alemanha

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