A produção total de etanol pelas usinas do centro-sul do Brasil recuou 0,44% na primeira quinzena de setembro, com usinas elevando o percentual de cana destinado à fabricação de açúcar no período em relação à mesma época do ano passado, enquanto as vendas do biocombustível saltaram com maior competitividade frente à gasolina, afirmou a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) nesta terça-feira (26).
As vendas totais de etanol por usinas do centro-sul somaram 1,30 bilhão de litros na primeira quinzena de setembro, alta de 12,2% ante o mesmo período do ciclo anterior, segundo dados da Unica.
O total vendido de etanol hidratado, incluindo exportações, somou 833,24 milhões de litros, crescimento de 23,63%. No mercado doméstico, as vendas somaram 785,56 milhões de litros, alta de 19,7% na mesma comparação. O volume comercializado de etanol anidro (misturado à gasolina) caiu 3,66%.
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“A maior procura pelo biocombustível decorre da maior competitividade frente ao seu concorrente fóssil desde o início de junho”, disse a Unica.
Já a produção total de etanol somou na primeira quinzena 2,118 bilhões de litros, versus 2,128 bilhões de litros no mesmo período do ano anterior.
A produção de etanol hidratado cresceu 2,14% na quinzena, para 1,25 bilhão de litros, enquanto a de anidro recuou 3,93%, para 867 milhões de litros.
Da produção total de etanol registrada na primeira quinzena de setembro, 13% foram provenientes do milho, cuja produção avançou 32,9% para 282,26 milhões de litros.
Açúcar
Já a produção de açúcar somou 3,12 milhões de toneladas na primeira metade de setembro, alta de 8,5% na comparação anual, com usinas destinando 51,1% de cana processada para a produção mais rentável do adoçante, o maior percentual da safra 2023/24, e 48,9% para o etanol, segundo dados da Unica.
Na mesma época do ano passado, o setor destinou 47,95% da cana para a produção de açúcar e 52,05% para o etanol.
De outro lado, o centro-sul está sendo beneficiado por um forte aumento da moagem de cana, que subiu 5,35% na quinzena, para 41,8 milhões de toneladas, o que elevou o processamento total na safra para 448,3 milhões de toneladas (+10,34%), na esteira de maiores produtividades agrícolas.
Apesar do crescimento da moagem em uma safra com potencial de ser recorde no centro-sul, segundo analistas, a Unica afirmou que na comparação com a mesma quinzena do último ciclo foi observado um menor aproveitamento de tempo das unidades produtoras em virtude da incidência de chuvas nas lavouras.
“Por conta disso, a operacionalização da colheita foi afetada em maior magnitude nas regiões de Araçatuba e Assis, do estado de São Paulo, no Paraná e no Mato Grosso do Sul.”
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