Em nova fase, rede criada por brasileiras quer ajudar na tomada de decisão

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Sophie Carelli Wajngarten e Bianca Wajngarten: amigas e empreendedoras com um objetivo em comm

Publicitárias, cunhadas e melhores amigas em busca de um ambiente saudável e eficiente de networking e conexão baseada em solucionar questões. Esses elementos inspiraram Sophie Carelli Wajngarten e Bianca Wajngarten a criarem uma rede social que ajude os usuários a se conectarem por meio de soluções. O Which, em funcionamento desde setembro do ano passado, possui duas funções principais: enquetes binárias e ranking top 5 com o objetivo de solucionar das questões mais simples do cotidiano, como a roupa para uma festa, até as mais complexas, como a decisão de uma crise conjugal.

Para manter um ambiente saudável de navegação, Sophie garante que a rede é rígida em relação ao tipo de conteúdo. Não são permitidos, por exemplo, conteúdos fraudulentos, enganosos e ilícitos, como pornografia, informação íntima, incitação à violência, suicídio, drogas e ataques baseados em características sensíveis como raça, etnia, origem, religião, orientação sexual, gênero, identidade de gênero e deficiências. À Forbes Brasil, Sophie Carelli Wajngarten fala sobre os desafios de apostar em uma nova plataforma social diante de tanta concorrência e os planos de expansão do Which.

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Forbes Brasil – O Which foi lançado no ano passado, em essência, como e por que ele surgiu?
Sophie – Duas cunhadas, melhores amigas (por incrível que pareça) e publicitárias; que enxergaram uma oportunidade de ampliar a nossa troca no universo digital empreendendo em algo pouco explorado; influência do compartilhamento para desenvolver uma rede que entrega resposta a todo tipo de dúvida. A plataforma nasceu com a intenção de unir pessoas de uma forma em que todos possam se beneficiar: uma rede social colaborativa que te ajuda a tomar decisões e responde suas dúvidas. E isso sem depender de seguidores. Estamos seguindo a tendência do compartilhamento, no nosso caso, de opiniões e indicações, em tempo real.

FB – Qual o nível de tecnologia embarcada na plataforma, como IA e algoritmos, por exemplo?
Sophie – Atualmente, o Which ainda não possui IA por se tratar da versão inicial. No entanto, assim que aumentarmos o número de usuários e lançarmos a versão dois contaremos com conteúdo personalizado, monitoramento de postagens para base de dados, além do recurso do Big Data para classificar os usuários por localização, histórico de navegação e comportamento offline. Dessa forma a IA vai melhorar ainda mais a experiência dos nossos usuários, otimizando o uso do Which para as pessoas e para as empresas. Mas tudo isso vem depois de atingirmos um número maior de usuários.

O Which está em sua primeira versão e foi lançado em setembro do ano passado

FB – Quais públicos vocês pretendem alcançar na medida em que o serviço escale?
Sophie – Não acreditamos que o Which é para algum público em específico porque é um serviço, rede social e entretenimento que entrega respostas. Qualquer público pode questionar e/ou pesquisar ou até mesmo opinar em questões alheias. Futuramente o propósito do Which é agregar tantos dados que será um “Google” com respostas de curadoria humana, com filtros e IA para ainda mais precisão nas respostas.

FB – Chama atenção a promessa de que a enquete é respondida mesmo de quem não é influenciador. Vocês preveem que o formato possa atrair influenciadores de outras redes?
Sophie – Ao dizer que você terá respostas mesmo sem ser influenciador, queremos explicar que você pela primeira vez terá uma rede social em que pode postar e será visualizado por pessoas com os mesmos interesses sem depender de seguidores. Acreditamos que será uma grande ferramenta de interação dos influenciadores com seus públicos e com as marcas. Não podemos esquecer que de uma forma simplista podemos também enxergar o Which como uma pesquisa qualitativa gratuita e rápida.

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FB – Quais os pontos fortes, mas também desafios ou eventuais vulnerabilidades que vocês enxergam no modelo do Which?
Sophie – Achamos que um dos pontos fortes do Which é a postagem anônima. Poder perguntar e ter sua resposta sem se expor é um grande diferencial além de ser a única rede social que permite isso. Conforme escrito acima, não depender de seguidores também é um grande diferencial. Todas as pessoas partem de um mesmo degrau ao ingressar no Which. O ranqueamento em real time também é um diferencial e um serviço que (ainda) não existia, agora existe. Nosso benchmark é o Waze e por isso dependemos necessariamente de uma explosão de usuários. Ao apresentar o Which é unânime a aprovação e empolgação das pessoas sobre a plataforma. É uma ferramenta que ao se tornar conhecida pode ser muito poderosa: pela utilidade, pelos dados e pela inovação. Por isso temos muita confiança na ideia e no futuro do Which. Obviamente para uma divulgação satisfatória necessitamos de um vultoso investimento. Nos encontramos no momento em que estamos conversando com possíveis investidores para essa fase. Esse é o desafio atual.

FB – Quanto foi investido para a criação da plataforma e qual o próximo passo no plano de crescimento?
Sophie – Investimos bastante no desenvolvimento do Which, algo em torno de seis dígitos. Escolhemos um designer da Espanha, um programador que desenvolve projetos para grandes marcas e um time bem preocupado com UX. Nesse momento temos como colaborador um social media incrível que nos ajuda a planejar a divulgação para a chegada dos grandes investimentos. Nosso objetivo é chegar a 1 milhão de usuários no próximo ano.

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