Mais do mesmo ou nova fase? Com o iPhone 15, lição de casa da Apple só começou

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Tim Cook: metas ousadas para o futuro da Apple

Apesar de ser a marca mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 881 bilhões segundo o ranking da Kantar BrandZ, a Apple também enfrenta desafios. Não só de lucros e receitas, que segue como premissa para dar uma resposta aos acionistas da empresa, mas também na outra ponta, ao oferecer aos consumidores produtos que atendam a uma expectativa que, a cada ano, é cada vez mais alta.

Os episódios que antecederam o lançamento do iPhone 15, que ocorreu nesta terça-feira, 12, apontavam para vários desafios. O primeiro tem relação com o desempenho do modelo anterior. O iPhone 14 teve demanda baixa o que forçou a Apple a classificar o movimento de vendas do modelo como “tímido”. Além disso, Tim Cook vinha sendo questionado pelos acionistas e admitiu, em fevereiro deste ano, que não estava feliz com os resultados da empresa.

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Thomas Monteiro, analista do Investing.com, sinaliza que a euforia pré-evento também agravou a situação. “Os acionistas estavam ansiosos para ver se a empresa seria capaz de encontrar soluções para permanecer um refúgio seguro em momentos de turbulência no mercado, e isso está diretamente ligado às margens de lucro”, explica. Outro ponto, a China, que acenou com vários desafios, desde os problemas de produção até a proibição dos funcionários chineses de usarem iPhone, também é parte importante, agora, do futuro da Apple.

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“Embora a questão relacionada à China não seja tão relevante para as vendas, de fato ela representa apenas mais um dos muitos riscos em meio a uma série de desafios que possuem a desaceleração esperada do consumo nos Estados Unidos, China e Europa como fator central. Assim, considerando esse contexto, a pergunta que todos estávamos ansiosos para responder, pelo menos a curto prazo, era se a empresa seria capaz de apresentar inovações suficientemente empolgantes para contrariar essas tendências. Infelizmente, parece que não o fez”, critica Thomas.

O analista provoca: isso significa que a Apple está fadada a enfrentar uma queda significativa? “De modo algum. A empresa continua sendo uma das maiores e mais resistentes do mercado. No entanto, o que isso implica, a meu ver, é que os investidores terão que ser pacientes com as ações no segundo semestre do ano. No entanto, acredito que a Apple tomou a decisão acertada ao não aumentar os preços de entrada do iPhone neste momento”, afirma.

Games e ecossistema

Pedro Sant’Anna, COO e fundador da allu, startup especializada em aluguel de iPhones, sinaliza dois movimentos importantes da Apple neste lançamento: o primeiro tem relação com o público gamer e o segundo com o reforço da conectividade. “No iPhone 15 Pro e Pro Max, duas coisas chamaram muito a atenção: primeiro o compromisso da Apple com o público gamer, que não é algo, historicamente, super relevante dentro da trajetória da marca, por ser um ecossistema mais fechado, mas claramente estão dando muitos passos em direção de ter um sistema que seja agradável e apelativo para o público gamer”, destaca à Forbes Brasil.

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“Eles reforçaram várias questões em relação a conectividade, entre linhas de produtos. Mais uma vez eles demonstram que sempre quando eles trazem novidades em algum produto, está relacionado ao desenvolvimento de um ecossistema macro. Agora com o acréscimo dos gestos, que já tinham sido mostrados na apresentação do Vision Pro, dentro do Apple Watch. O acréscimo do vídeo espacial, dentro do iPhone 15 Pro e Pro Max, também ligado com o Vision Pro. Então a Apple mais uma vez apostando na estratégia de conectividade do ecossistema, como é uma empresa que tem muito amor de marca a explorar, é sempre algo muito notório dentro da estratégia de marketing”, afirma o fundador da allu.

Percepções sobre o iPhone 15

Para Pedro, da allu, existe uma crença que de forma geral é validada, de que os iPhones ímpares são upgrade superiores em relação os iPhones pares. “O que se manteve verdade, há uma diferença muito maior entre o iPhone 15, da linha básica, para o 14, da linha básica, diferentemente da mudança do 13 para o 14. O 13 e o 14 são virtualmente idênticos, com pequenas diferenças. O iPhone 15, basicamente, absorve todas as funcionalidades que foram apresentados na linha 14 Pro, e ainda traz algumas mudanças funcionais, especialmente na adaptação para o conector USB C. Além de outras pequenas mudanças, acho que é um upgrade muito justificável do usuário, que hoje tem um iPhone 12 ou iPhone 13 para o iPhone 15, da linha padrão”, conclui Pedro.

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