Pré-Mercado: o Copom, a Selic e os juros do cartão

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 6 de setembro.

Cenários

Em uma semana atípica com dois feriados, o americano Dia do Trabalho, que ocorreu na segunda-feira (4) e o brasileiro Dia da Independência, agendado para a quinta-feira (7), os investidores ainda têm de lidar com surpresas vindas de Brasília.

Na noite da terça-feira (5), a Câmara dos Deputados aprovou o Desenrola, programa do governo federal destinado a facilitar a retirada de devedores das listas de negativados.

Entre as medidas foi aprovada uma limitação aos juros do crédito rotativo no cartão de crédito. Ao lado do cheque especial, essa é uma das taxas mais elevadas do mercado, podendo superar 400% ao ano.

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Perspectivas

Os juros no Brasil são elevados, por vários motivos. Desde macroeconômicos, como o desequilíbrio das contas públicas e a escassez de capital, até microeconômicos, como a deficiência de dados e a insegurança jurídica para credores e devedores.

Ninguém nega que taxas de 400% ao ano são exageradas. Porém, ao tentar calibrar oferta e demanda por decreto, o Congresso insere mais um componente de risco nessa equação já bastante complicada.

“O juro é o preço do dinheiro e o tabelamento de preços tende a gerar escassez, principalmente quando ignora a estrutura de custo de produção e o risco”, diz Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

E, também na terça-feira, Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC), e uma das defensoras de uma abordagem firme com a inflação no Comitê de Política Monetária (Copom), reafirmou a comunicação oficial, reforçando a expectativa de um corte de 0,50 ponto percentual na próxima reunião do Copom, agendada para os dias 19 e 20 de setembro.

Indicadores

Brasil

IGP-Di (ago)
Observado: 0,05%
Anterior: -0,40%

Estados Unidos

PMI serviços (ago)
Esperado: 41,1
Anterior: 40,3

PMI ISM não-manufatura (ago)
Esperado: 52,5
Anterior: 52,7

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