Um artigo publicado na revista acadêmica Social Sciences mostra 10 questões que quantificam a “propensão de uma pessoa à infidelidade”. Essas questões não apenas preveem quem pode trair o parceiro, mas também fornecem aos clínicos uma ferramenta valiosa para evitar uma quebra de confiança antes que ela aconteça.
“A infidelidade é uma das causas mais citadas nos divórcios e uma das maiores razões pelas quais os casais procuram terapia”, afirmam os autores do artigo, liderado por Carmen Lisman, da Universidade Alexandru Ioan Cuza de Iași, na Romênia. “Ao mesmo tempo, é um problema muito difícil de resolver na terapia de casal.”
Para entender melhor os fatores que podem levar alguém a trair, os pesquisadores desenvolveram uma lista de afirmações e construíram a escala de “propensão à infidelidade”. Os itens finais, que devem ser avaliados em uma escala de “discordo totalmente” a “concordo totalmente”, são os seguintes:
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Essas afirmações são ligadas aos cinco motivos principais de infidelidade identificados em pesquisas anteriores:
Sexualidade: refere-se à necessidade de variedade sexual ou ao sentimento de incompatibilidade sexual com o parceiro atual.
Insatisfação emocional: tem a ver com sentir falta de intimidade, conexão emocional, atenção ou estímulo intelectual no relacionamento.
Contexto social: se alguém está num contexto social favorável à infidelidade (por exemplo, passando muito tempo com colegas de trabalho do sexo oposto ou estando fisicamente distante do parceiro).
Atitudes e normas: tem a ver com o fato de alguém estar rodeado de pessoas que têm atitudes mais permissivas em relação ao sexo e aos relacionamentos.
Vingança e/ou hostilidade: uma situação em que alguém pratica um ato de infidelidade para punir ou se vingar do parceiro.
“O principal objetivo dessa pesquisa foi desenvolver um instrumento que medisse a propensão para a infidelidade de pessoas heterossexuais com base nos cinco principais motivos de infidelidade”, afirmam os pesquisadores. “O instrumento desenvolvido e examinado aqui aborda a intensidade motivacional das pessoas em relação à infidelidade – ou seja, a sua propensão psicológica ou suscetibilidade para se envolver nesses comportamentos sob certas circunstâncias.”
*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.
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