‘Bolsa de Valores das Favelas’ abre hoje com ‘IPO’ de 2 empresas

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Getty Images/Joao Gurgel

Investimento se dá por meio da compra de DIVIs, que é uma fração dos negócios

A “Bolsa de Valores das Favelas”, iniciativa idealizada pelo G10, bloco liderado pelas comunidades com maior potencial econômico do país, começa a funcionar hoje com o “IPO” de duas empresas. A Favela Brasil Xpress, plataforma que atua em locais onde aplicativos de entrega convencionais não chegam, como Paraisópolis, Heliópolis e Capão Redondo, em São Paulo, Rocinha e Vila Cruzeiro, no Rio, e o G10 Bank Participações são as primeiras empresas a serem abertas a investidores neste formato.

Segundo dados do instituto de pesquisas Outdoor Social Inteligência, levantados em 2021, dos mais de 289 mil comércios registrados em seis mil comunidades de todo o país, 125 mil são provenientes do G10, o que corresponde a 43,5% e mostra que o empreendedorismo é uma realidade nas favelas do Brasil.

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Neste contexto, nasceu a Bolsa de Valores, que já tem outros 16 empreendimentos prontos para lançamento de ofertas públicas. O investimento inicial na Favela Brasil Express pode ser feito a partir de R$ 10 por meio da plataforma DIVI•hub, que tem a permissão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para regular os ativos. Com a aquisição, o investidor passa a receber todos os rendimentos baseados em lucros ou receitas.

“Temos uma enorme engrenagem capaz de se manter localmente e fazer todo o território caminhar rumo à evolução econômica. São empreendimentos sólidos, que se mantiveram na crise, resistiram ao lockdown e estão mais do que aptos a alcançarem altos níveis na curva crescente de faturamento”, destaca Emília Rabello, fundadora do instituto de pesquisas, em comunicado.

O investimento se dá por meio da compra de DIVIs, que é uma fração dos negócios. No futuro, os donos dos DIVIs também poderão negociar os ativos com outros investidores e ao preço que estipular, abrindo também outra frente de ganhos financeiros.

“Todo mundo vai poder ser dono de um pedacinho de um projeto do G10 Favelas e receber de volta rendimentos por isso”, afirma o CEO da DIVI•hub, Ricardo Wendel. “E nós também vamos participar dessa empreitada e doar toda a remuneração da DIVI•hub para o G10 Favelas para a compra de cestas básicas”, acrescenta ele.

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