O mercado de luxo é um dos menos afetados pelas turbulências econômicas vividas em todo o mundo. Segundo a análise da consultoria Bain & Company em conjunto com a Fondazione Altagamma, da Itália, o setor cresceu cerca de 21% em 2022 e movimentou cerca de € 1,38 trilhão (R$ 7,47 trilhões), e isso durante um ano bastante desafiador. A perspectiva é de mais crescimento nos próximos anos, pois as vendas de grandes marcas como Chanel e Prada continuam subindo trimestre após trimestre.
No Brasil, a situação não é diferente. Um exemplo é o da 7 For All Mankind, marca de jeans de luxo pertencente ao grupo israelense Delta Galil, que faturou R$ 50 milhões em 2022 e prevê atingir uma receita de R$ 65 milhões em 2023.
A aposta da marca, que chegou efetivamente ao Brasil em 2019, é atingir o público que viaja e já consome os seus produtos fora do país. Na visão do sócio e CEO da 7, Esber Hajli, pode provar as peças, parcelar o pagamento e ter opção de troca são algumas das vantagens para esses clientes.
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Hajli tem experiência no negócio. Ele foi o único distribuidor da marca de roupas Diesel no Brasil por cerca de 20 anos, mas sabia que precisaria reformular as políticas de preço da 7 antes de enfrentar o mercado. “Eu sabia que era necessário atuar de uma forma distinta do que fizemos na Diesel, já que os consumidores não aceitariam pagar preços muito mais altos do que os internacionais pelos mesmos produtos vendidos aqui”, conta o CEO.
A estratégia, até agora, parece ter sido acertada. 90% das vendas dos jeans, que custam em torno de R$ 2 mil, são realizadas nas sete lojas físicas no Brasil. Por isso, a marca espera lançar 13 novas unidades nos próximos anos e já investiu US$ 15 milhões nesse processo. “Nós temos como sócios os donos da marca, então a nossa intenção é continuar investindo ainda mais”, afirma Hajli.
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Iniciativas ESG
O material jeans sempre foi polêmico quando o assunto é preservação do meio ambiente. No Brasil, produzir uma única peça de calça jeans representa um gasto de, em média, 5,2 mil litros de água. Essa é uma grande questão para a 7, de acordo com o CEO.
“Há dois anos, nós assinamos um compromisso global de ter 80% das nossas peças sendo fabricadas de forma sustentável. Hoje, nós já temos mais do que isso”, afirma Hajli. “No início, foi um grande risco apostar todas as nossas fichas nisso, já que não era apenas uma coleção, né? Mas o resultado foi incrível e nós não poderíamos estar mais orgulhosos de nossas iniciativas ESG.”
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