Loja da Macy’s fechada devido ao coronavírus em 24 de março de 2020 na cidade de Nova York.
A Macy’s (M:NYSE), uma empresa com 165 anos de história e uma das fundadoras do modelo de lojas de departamento nos Estados Unidos, enfrenta um cenário desafiador no setor varejista. Analistas de Wall Street e investidores institucionais têm se mostrado cada vez mais pessimistas em relação às perspectivas da empresa, após anos de desapontamentos.
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O relatório trimestral financeiro mais recente da Macy’s, divulgado no dia 29 de abril de 2023, trouxe uma previsão desanimadora: vendas e lucros em queda para o ano. Essa notícia afetou o preço das ações, que atingiu o menor patamar em dois anos, mesmo em um mercado de alta. A empresa está sendo negociada por menos do que antes da pandemia.
Essas dificuldades acontecem no final de um plano de rejuvenescimento de três anos chamado Polaris (Estrela do Norte). O Polaris foi concebido para enfrentar o desafio do comércio eletrônico e superar um padrão de vendas estagnado. No entanto, o lançamento coincidiu com o início da pandemia de Covid-19, o que dificultou ainda mais sua implementação eficaz.
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Além disso, a Macy’s enfrenta o desafio de clientes cortando gastos e optando por outras formas de entretenimento e lazer em vez de consumir produtos. A empresa afirma que cerca de metade de seus clientes tem uma renda familiar de US$ 75 mil por ano (R$ 358 mil), o que pode indicar a dificuldade de competir com outros varejistas.
O analista de varejo Neil Saunders, da GlobalData, criticou duramente a administração da empresa em um relatório, sugerindo que a companhia falha em executar bem suas estratégias e parece desconectada das realidades do mercado de varejo.
A situação da Macy’s é desafiadora, e várias alternativas podem ser consideradas para seu futuro. Uma delas seria a venda de suas propriedades imobiliárias e ativos de marca para recuperar valor. Outra opção poderia ser encontrar um comprador visionário que reinvente a marca e envolva os consumidores, mantendo milhares de empregos.
No entanto, o cenário atual indica que a empresa precisa tomar medidas ousadas e criativas para evitar o declínio e possivelmente a irrelevância no setor varejista.
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