As usinas brasileiras fecharam operações de hedge para cerca de 4,5 milhões de toneladas das vendas de exportação de açúcar da próxima temporada (2024/25) usando contratos futuros de açúcar bruto na bolsa de Nova York (ICE) até 30 de junho, ou cerca de 17% das exportações projetadas, disse a Archer Consulting nesta segunda-feira.
A Archer disse que o volume estimado de hedge está abaixo do volume projetado no mesmo período do ano passado (24% das exportações), mas o preço médio alcançado pelas usinas em suas fixações é superior, chegando a 20,51 centavos de dólar por libra-peso, contra 17,51 centavos de dólar por libra-peso.
A consultoria disse em relatório que as usinas aproveitaram a alta dos preços no final de abril para proteger uma boa parte das vendas de açúcar do próximo ano.
O açúcar bruto atingiu uma máxima de quase 12 anos no final de abril, para mais de 27 centavos de dólar. Os preços caíram recentemente, mas ainda estão em níveis relativamente altos, em torno de 23 centavos de dólar.
A Archer espera outra grande safra em 2024/25 no Brasil devido às boas condições climáticas até agora e à perspectiva de que parte da cana-de-açúcar atualmente nos campos será deixada para ser colhida no início da próxima temporada.
A empresa estima que pelo menos 15 milhões de toneladas de cana da temporada atual permanecerá nos campos para processamento apenas em 2024, já que é improvável que as usinas tenham capacidade e faça tempo seco suficiente para processar toda a grande safra de 2023.
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