Já se esperava que as viagens pela Europa neste verão seriam complicadas. O número de passageiros habitualmente sobe nesta época. E a demanda reprimida, os preços das passagens, o maior número de voos nos céus desde 2019 e a ameaça de uma greve dos controladores de tráfego aéreo podem complicar ainda mais as coisas.
As notícias são um pouco piores para quem estiver viajando pelo aeroporto Gatwick. O aeroporto nos arredores de Londres registou o maior número de atrasos e cancelamentos em junho.
Os lugares mais movimentados da Europa para voar neste verão
Todo mundo está viajando novamente. Os britânicos devem fazer 25 milhões de viagens ao exterior de avião entre julho e setembro. A grande maioria fará voos curtos, para a Europa continental.
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Segundo o site de reservas de viagens Hopper, as viagens dos EUA para a Europa aumentaram 20% em relação a 2019, e os preços estão no nível mais alto dos últimos cinco anos – uma média de US$ 1.200 (R$ 5.748 na cotação atual) por passagem. Os hotéis europeus também estão 37% mais caros do que no ano passado, com uma diária média custando US$ 205 (R$ 981,95).
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A EuroControl, órgão responsável por controlar os voos militares e comerciais nos céus europeus, espera gerenciar até 37.500 voos diários nas datas de maior movimento e lidar com mais de 96.000 mensagens de pilotos diariamente. As coisas também estão um pouco mais tensas do que o normal porque 20% dos céus europeus estão fechados devido à guerra na Ucrânia.
As cidades francesas de Reims e de Marselha, além de Atenas e Budapeste, são os ugares onde espera uma “sobrecarga” de aviões. Nessas cidades pode haver atrasos ou até mesmo desvios para outros aeroportos. A EuroControl também emitiu avisos para Londres, Barcelona, Bruxelas, Budapeste, Nicósia, em Chipre, Varsóvia e Zagreb, na Croácia, especialmente às sextas-feiras e nos finais de semana de verão.
Os melhores e piores aeroportos, segundo o AirHelp
A empresa de direitos dos passageiros, AirHelp, analisou os aeroportos europeus que tiveram mais de 5 mil voos em junho para verificar cancelamentos e atrasos de mais de 15 minutos. O pior foi Gatwick (LGW), com 54% dos voos afetados.
Os outros nove ruins foram o Humberto Delgado, em Lisboa (LIS); o de Copenhague (CPH); Charles de Gaulle, em Paris (CDG); os aeroportos de Antália (AYT) e Sabiha Gökçen (SAW), na Turquia; os italianos Fiumicino, em Roma (FCO) e Malpensa, em Milão, Manchester (MAN) e Frankfurt (FRA). Os aeroportos de Manchester, Milão e Frankfurt tiveram atrasos em 43% dos voos.
Os passageiros em busca de uma viagem mais tranquila podem tentar o Aeroporto de Helsinque-Vantaa (HEL) na Finlândia, onde apenas 18% dos voos tiveram problemas. Outros aeroportos que se saíram bem foram o de Düsseldorf (DUS) na Alemanha, o de Oslo Gardermoen (OSL) na Noruega e o Chopin (WAW), na Polônia, com aproximadamente apenas 23% dos voos atrasados em junho.
Além disso, o aeroporto internacional de Viena (VIE), na Áustria, o de Arlanda (ARN), em Estocolmo (Suécia) o de Istambul (IST) e os espanhóis Madrid-Barajas (MAD) e Barcelona-El Prat (BCN) também obtiveram bons resultados. O Aeroporto de Berlim-Brandemburgo (BER), na Alemanha ficou entre os dez melhores, com 34% dos voos tendo problemas.
Independente do destino do seu voo, há uma regra simples para evitar atrasos – chegar no horário. A EuroControl lhe informará que cada minuto de atraso na partida do primeiro voo resultará em quatro minutos de atraso no fim do dia. Isso pode representar horas de diferença. Por isso, uma recomendação para quem quer ter menos problemas é acordar cedo e embarcar no primeiro voo da manhã.
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