Chamado Halla, o planeta do tamanho de Júpiter orbita a estrela Baekdu a cerca de 520 anos-luz de distância do Sistema Solar na constelação da Ursa Menor. Conforme estudado pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da Nasa, a Baekdu parece estar queimando hélio em seu núcleo, o que significa que a fusão nuclear deve ter cessado há muito tempo, causando a inevitável expansão em uma estrela gigante vermelha que pode ter aumentado em 1,5 vezes a distância da órbita de Halla e, em tese, engolido o planeta, antes que ele pudesse encolher.
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Que Halla ainda pareça existir é, portanto, um mistério. Deveria ter sido destruído há muito tempo. “O fato de o planeta ter conseguido persistir nas imediações de uma estrela gigante que de outra forma o teria absorvido destaca o planeta como um sobrevivente extraordinário”, disse Marc Hon, um parceiro da Nasa, no Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí, o principal autor do estudo publicado na Nature esta semana.
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Halla, descoberto em 2015, orbita seu sol a cada 93 dias terrestres de cerca de metade da distância Terra-Sol. Sua sobrevivência é um mistério, mas existem três causas possíveis:
Poderia ter começado em uma órbita maior antes de migrar para dentro (avaliado como muito improvável).
Baekdu pode ter sido originalmente duas estrelas, que se fundiram, um evento que teria impedido a expansão. E, por fim, Halla pode ter se formado muito recentemente a partir de uma nuvem de poeira produzida pela fusão entre as duas estrelas. Se este for o caso, então Halla está em uma classe própria – um planeta de ‘segunda geração’. “A maioria das estrelas está em sistemas binários, mas ainda não entendemos completamente como os planetas podem se formar ao seu redor”, disse Hon. “É plausível que mais planetas possam realmente existir em torno de estrelas altamente evoluídas graças a interações binárias.”
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