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Cenários
O Copom (Comitê de Política Monetária) divulgou, na manhã desta terça-feira (27) a Ata da 255ª reunião, realizada nos dias 20 e 21 de junho.
A manutenção da taxa referencial Selic em 13,75% ao ano era esperada. No entanto, o Comunicado divulgado imediatamente após a reunião surpreendeu negativamente o mercado, por não trazer nenhuma indicação de quando os juros podem começar a cair.
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Perspectivas
A Ata trouxe várias indicações do porquê de o Copom ter publicado um texto duro na semana passada. Segundo a avaliação da Ata, o processo de desinflação ainda segue lento e a baixa recente dos índices deve-se muito mais ao impacto da isenção fiscal sobre os combustíveis do que a uma trajetória de desaceleração de preços. Além disso, segundo o Copom, o mercado de trabalho segue resiliente, com salários relativamente estáveis.
Para além disso, o Comitê avaliou que as incertezas sobre o equilíbrio das contas públicas e o próprio questionamento das metas de inflação tornam seu trabalho mais difícil, obrigando à manutenção dos juros elevados por mais tempo.
Em uma mudança na comparação com Atas anteriores, o texto desta terça-feira trouxe uma divergência entre os membros do Comitê. Alguns avaliam que a desinflação já começou, outros pensam que ainda é preciso esperar para ver. No entanto, nenhum dos participantes do Comitê tem dúvidas de que ainda não é hora de começar a baixar os juros.
A divulgação do IPCA-15, marcada para esta manhã, deverá trazer mais informações sobre a trajetória futura dos juros.
Indicadores
Brasil
Ata do Copom
IPCA-15 (jun)
Esperado: -0,01%
Anterior: +0,51%
IPCA-15 (12M)
Esperado: 3,36%
Anterior: 4,07%
Zona do Euro
Discurso de Christine Lagarde (BCE)
Estados Unidos
Encomendas de bens duráveis (mai)
Esperado: -0,1%
Anterior: -0,2%
Confiança do consumidor (jun)
Esperado: 104,0
Anterior: 102,3
O post Pré-Mercado: em Ata “didática”, o Copom defende juro alto apareceu primeiro em Forbes Brasil.