Ibovespa recua com expectativas da ata do Copom e cenário geopolítico

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O Ibovespa iniciou as negociações da manhã desta segunda-feira (26) em leve queda em uma semana que será marcada por dados de inflação dos Estados Unidos e da Europa em maio, enquanto o Brasil contará com a prévia da inflação e a divulgação da ata do Copom. O mercado também acompanha as atualizações do que está sendo considerado pela mídia como uma rebelião na Rússia.

Por volta das 10h15, o Ibovespa registrava uma baixa de 0,03%, chegando aos 118.953,37 pontos após a tentativa de golpe do grupo Wagner na Rússia, e as bolsas mundiais sentiram a perspectiva de recessão global após a postura mais rígida dos Bancos Centrais na semana passada. Enquanto isso, o dólar apresentou queda de 0,20%, sendo negociado a R$ 4,76.

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O grupo paramilitar Wagner, que era aliado do Kremlin na guerra da Ucrânia, convocou no sábado (24) uma rebelião armada para derrubar o governo de Vladimir Putin. O desentendimento entre o governo da Rússia e os mercenários ganhou grandes proporções depois que o líder do grupo, Yevgeny Prigojin, acusou o exército de bombardear suas bases próximas à linha de frente da guerra da Ucrânia. A situação demonstra a falta de clareza na Rússia após mais de um ano de uma guerra sem resultados definidos.

No cenário econômico mundial, o principal indicador econômico da semana será divulgado na sexta-feira (30): o PCE (índice de preços de gastos com consumo nos EUA). Esse indicador é considerado importante para definir os próximos passos do Federal Reserve em sua próxima reunião de política monetária.

No Brasil, destaca-se a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira (27), na qual a taxa Selic foi mantida em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva. O documento deve trazer clareza sobre os próximos passos da autoridade monetária.

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Economistas consultados pelo Banco Central para a elaboração semanal do boletim Focus mantiveram a expectativa de que a autarquia começará a cortar os juros a partir de agosto, apesar de a autoridade ainda não ter sinalizado essa possibilidade em seu último comunicado.

Atualmente, as expectativas indicam uma alta de 5,06% do IPCA em 2023, em comparação com a taxa estimada anteriormente em 5,12%, marcando a sexta semana seguida de declínio. Para 2024, a projeção caiu pelo quarto boletim consecutivo, para 3,98%, em comparação com os 4,00% anteriores. Quanto à Selic, o Focus mantém as projeções de que a taxa encerrará este ano em 12,25%, com o início de um ciclo de corte de juros em agosto, a uma taxa de redução de 0,25 ponto percentual.

Além disso, na terça-feira, será divulgado o IPCA-15, que é a prévia da inflação para o mês de junho. Na quarta-feira (29), o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecerá a meta de inflação para o Brasil em 2026 e deve reafirmar as metas para os anos de 2024 e 2025.

Confira os principais índices:

EUA (futuros):

Dow Jones: -0,07%
S&P 500: -0,06%
Nasdaq: +0,02%

Europa:

DAX (Frankfurt): -0,23%
FTSE100 (Londres): -0,12%
CAC 40 (Paris): +0,11%

Ásia:

Nikkei (Tóquio): -0,25%
Kospi (Coreia): -0,91%
Xangai (China): -1,48%

Destaque para a China, que teve sua previsão de crescimento econômico deste ano reduzida pela S&P Global. A agência de classificação de risco prevê que o país terá um crescimento do PIB de 5,2% em 2023, em comparação com a estimativa anterior de 5,5%.

(Com Reuters)

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