Conheça 14 executivos brasileiros que foram à COP26 buscar parcerias e compartilhar experiências

  • Post author:
  • Reading time:4 mins read
Jeff Mitchell/Getty Images

Empresas brasileiras enviaram representantes C-Level para Glasgow, na Escócia

A COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), evento que reuniu líderes mundiais em Glasgow, na Escócia, se encerra hoje (12). Apesar da ausência do governo federal brasileiro no evento, o setor privado marcou forte presença nas discussões sobre o combate às mudanças climáticas.

Executivos de algumas das maiores empresas do país apresentaram painéis, estabeleceram parcerias, e anunciaram novos compromissos buscando aumentar a relevância de suas marcas – e do Brasil como um todo – na economia de baixo carbono. Por outro lado, as medidas anunciadas pelo governo brasileiro para reduzir a pegada de carbono do país foram alvo de críticas.

Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram

“Nas últimas décadas, o Brasil se tornou um dos maiores produtores mundiais de alimentos, e temos agora a oportunidade de ser um dos maiores players da economia de baixo carbono”, diz Grazielle Parenti, vice-presidente global de relações institucionais e sustentabilidade da BRF. “Às luzes da COP26, precisamos entender o tema da sustentabilidade não como uma restrição, mas sim como uma oportunidade. E se você não entender isso, daqui um tempo não estará no jogo.”

Parenti foi uma das executivas que viajou a Glasgow, com o objetivo de compartilhar os compromissos de sustentabilidade que a BRF vem assumindo, bem como estabelecer novas parcerias no ramo alimentício. Ela conta que, em 2012, havia participado da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), mas notou que, desta vez, os líderes reunidos compartilharam mais “métricas e números, com medidas mais concretas.”

Para a executiva, o Brasil apresenta grande potencial para se tornar um dos principais países produtores de alimentos sustentáveis do mundo dada a sua matriz energética que é composta em 48% por fontes renováveis, segundo dados do governo federal, e a ampla oferta de território.

Embora os números apresentem uma história, acreditar que o país será protagonista nesta fase incipiente da economia mundial é outra. Grazielle, porém, é otimista: “No dia em que eu não acreditar nisso vou estar aposentada”, brinca.

Guilherme Leal, fundador e copresidente do conselho de administração da Natura & Co, também esteve presente na conferência e, em entrevista à Reuters na última terça-feira (9), afirmou que as metas contra a mudança climática que o Brasil anunciou durante o evento não são ambiciosas o suficiente.

O governo brasileiro prometeu uma redução de 50% na emissão de gases causadores do efeito estufa até 2030, ante meta anterior de 43%, e também prometeu acabar com o desmatamento ilegal até 2028. A nova redução proposta pelo país, no entanto, é calculada sobre níveis de 2005, e grupos ambientalistas afirmam que ela significa uma redução menor do que aquela definida em compromissos firmados anteriormente por Brasília.

O executivo propôs a união de executivos e outros líderes brasileiros em um grupo chamado “Uma Concertação pela Amazônia”, com o objetivo de promover a proteção do bioma. A entidade conta com aproximadamente 200 integrantes e foi anunciada durante a conferência.

A necessidade de uma cooperação maior entre líderes e setores foi um dos temas recorrentes do evento. Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS, que também marcou presença, reforça essa visão: “Devemos compartilhar nossos desafios e aprendizados, porque nessa corrida pela ‘net zero’ [neutralidade de carbono] não há um pódio de chegada. É uma corrida em que todos vamos ganhar ou todos vamos perder, juntos.”

Confira as motivações de 14 executivos C-Level brasileiros para comparecerem à COP26 e os resultados que obtiveram.














O post Conheça 14 executivos brasileiros que foram à COP26 buscar parcerias e compartilhar experiências apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Deixe um comentário