Adotar um animalzinho é um ato muito bonito, afinal, você está dando uma casa e muito amor a um bichinho que precisa. No entanto, ter um cão ou gato em casa dá trabalho, então é preciso pensar e entender se você pode ter essa responsabilidade no momento. Isso porque os pets precisam de consultas médicas, castração, controle de pulgas e carrapatos, boa alimentação e vacinas.
Mas um dos cuidados que as pessoas muitas vezes esquecem é de preparar a casa para recebê-los. Afinal, as necessidades dos cães e gatos são diferentes das nossas, então não dá para esperar que o ambiente ideal para eles seja exatamente o mesmo onde já vivemos, não é mesmo? Por isso, o enriquecimento ambiental em residências com pets é tão importante.
Não sabe o que é isso? A gente te explica! Segundo Jade Petronilho, médica-veterinária comportamentalista e coordenadora de conteúdo da Petlove, o enriquecimento ambiental consiste em adicionar ao ambiente “atividades físicas e mentais que muitas vezes mimetizam o que o animal viveria fora do ambiente domiciliar, explorando seus instintos e o satisfazendo como espécie”.
Se você ainda não sabe como fazer essas mudanças na casa para a chegada do pet, Jade e o diretor das marcas Future Pet e Pidan, André Romeiro, trazem algumas orientações e dicas para os “pais de pet” de primeira viagem. Confira a seguir!
Dicas para receber o cachorro em casa
A dica de ouro para receber um novo cãozinho em casa é justamente acrescentar ao local itens ligados a brincadeiras ou à alimentação para estimular e desafiar o animal. “Atitudes simples, como a compra de brinquedos tradicionais — bolinhas, pelúcia e cordas, por exemplo — podem proporcionar estímulos sensoriais e físicos, prazerosos ao pet”, explica André Romeiro.
Além disso, existem tipos de enriquecimento ambiental que podem ser utilizados para estimular o cachorro em casa, como o alimentar, cognitivo, físico, entre outros. No alimentar, é possível por meio de comedouros desafiadores, que fazem com que o cão precise realizar alguma ação para receber a comida. Já no físico, dá para usar vários objetos para criar obstáculos e esconderijos para estimular o pet fisicamente.
E para os gatos?
Tratando-se de gatos, tudo o que foi dito sobre os cachorros ainda se encaixa. A principal diferença está nos itens disponíveis para compra ou que podem ser improvisados para auxiliar no enriquecimento ambiental voltado para felinos.
“Quando falamos de gatos, é possível adaptar certos locais da casa para que ele possa escalar, arranhar e se esconder”, diz Petronilho. Ela ainda ressalta que, no caso dos gatos é interessante contar com brinquedos como tocas, que proporcionam desafios físicos, e as clássicas varas com pena na ponta pelo atrativo visual. “Também há no mercado opções mais complexas e interativas. Elas fornecem estímulos cognitivos e olfativos, com cheiros específicos e agradáveis aos bichanos, como hortelã”, acrescenta Romeiro.
Gatos ainda pedem por uma verticalização da casa. Ou seja, é preciso dar oportunidades para o bichano chegar ao alto, que é onde esse tipo de animal gosta de ficar. “Gatos são seres que ficam confortáveis e se sentem seguros nas alturas. Por lá, conseguem controlar e vigiar o que acontece na casa de forma mais apurada. Prateleiras, caminhas suspensas e nichos podem atender a essa necessidade”, completa a médica-veterinária comportamentalista.