A Simpar (SIMH3), controladora da Movida, JSL, Grupo Vamos e outras empresas do setor de logística, divulgou, na noite de hoje (10), seu balanço financeiro do 3º trimestre de 2021, no qual obteve lucro líquido recorde de R$ 399 milhões. Na visão do CFO da companhia, Denys Ferrez, o resultado se deve a uma reestruturação na governança da empresa, que agora conta com lideranças dedicadas a cada negócio.
“Eu acho que a individualização das empresas da Simpar, que ocorreu em última parte com a saída da JSL como controladora, contribuiu para a realização do resultado. Obviamente também [houve] todo o investimento que fizemos nos últimos anos, inclusive nesse período de recessão”, afirmou Ferrez. O capex líquido, que representa os valores com investimentos, ficou em R$ 6,7 bilhões nos últimos doze meses.
Em julho de 2020, a JSL aprovou os últimos detalhes da sua reorganização societária e se tornou subsidiária integral da Simpar, que antes era caracterizada como sua acionista controladora.
Na época, a empresa afirmou que a movimentação buscava gerar valor por meio da separação de suas atividades em sociedades distintas, permitindo que cada uma se posicionasse da forma que achar melhor. Assim, elas passaram a atuar com administração própria e orçamento independente. Pouco depois da organização, a JSL abriu capital na Bolsa e levantou R$ 693,6 milhões.
O Ebitda da companhia no 3º trimestre (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também foi recorde, atingindo R$ 1,2 bilhão ante os R$ 587,5 milhões do mesmo período de 2020. A receita bruta da Simpar cresceu 52% no trimestre em comparação com os mesmos três meses do ano passado, totalizando R$ 4,4 bilhões.
O executivo disse, no entanto, que a Simpar tem sentido o peso da inflação. “Os custos subiram e já pressionaram os ganhos da empresa, mas mesmo assim conseguimos entregar o melhor retorno possível. É sempre um ponto de atenção, mas acho que vale a história de 65 anos do grupo, que operou por mais tempo em período de alta inflação do que de baixa”, completou.
Para o ano que vem, a empresa afirma que reforçou seu caixa, hoje com R$ 11 bilhões depois do follow-on da Vamos, que levantou R$ 1,1 bilhão.
Ferrez afirma estar confiante quanto ao fornecimento de peças para caminhões e automóveis em 2022, ponto que tem sido citado como risco por economistas por causa da redução da oferta. Ele afirmou que as compras de caminhões já foram programadas e, no caso da Movida, os veículos foram adquiridos e a companhia aguarda a entrega.
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