A confiança da indústria do Brasil teve piora em maio, informou nesta segunda-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas (FGV), citando cenário “desafiador” em meio a juros elevados e temores inflacionários.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV Ibre recuou 1,6 ponto em maio, para 92,9 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA), que mede a percepção dos empresários sobre o momento presente, perdeu 1,7 ponto, para 91,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu na mesma quantidade, a 94,0 pontos.
“A confiança da indústria voltou a desacelerar influenciada não apenas pela percepção de piora da situação atual, mas também pelas perspectivas pessimistas em relação aos próximos meses”, comentou Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre.
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“O cenário desafiador atual, com enfraquecimento na demanda, taxa de juros elevada e inflação geram maior cautela nos empresários que projetam redução na produção e uma tendência negativa para os negócios nos próximos seis meses parecida com o observada no período da pandemia em 2020.”
A retração na confiança da indústria vem em meio a alertas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o impacto dos juros elevados na atividade econômica. A taxa básica de juros, a Selic, está atualmente em 13,75% ao ano, nível que o Banco Central julga necessário para conter as expectativas de inflação.
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