O Banco do Brasil divulgou ontem resultados acima das estimativas dos analistas para o lucro do terceiro trimestre e disse que deve ter lucro líquido de 2021 maior do que havia previsto antes.
O banco vê seu lucro líquido recorrente, que exclui itens extraordinários, de R$19 bilhões a R$21 bilhões, ante faixa anterior de R$17 bilhões a R$20 bilhões, já que sua carteira de empréstimos deve se expandir mais rapidamente.
O lucro líquido recorrente de julho a setembro atingiu R$5,139 bilhões, alta de 47,6% em ante mesmo período do ano anterior, e acima da estimativa de analistas compilada pela Refinitiv de R$4,496 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 14,3%.
Sua receita líquida de juros, uma medida dos ganhos com empréstimos menos custos de depósitos, aumentou 11,9% ano a ano para R$15,683 bilhões, impulsionada por empréstimos e ganhos comerciais.
A carteira de crédito do BB cresceu 6,2% no trimestre, impulsionada por pequenas empresas, pessoas físicas e agronegócios. Obanco disse que sua carteira de crédito deve crescer entre 14% e 16% este ano, impulsionando a receita líquida de juros. Anteriormente, o BB previa expansão de no máximo 12%.
O presidente-executivo do banco, Fausto Ribeiro, disse em comunicado que o BB vai buscar crescimento em linhas de crédito mais arriscadas com margens mais altas a partir de agora.
O índice de inadimplência dos empréstimos de 90 dias ficou praticamente estável em 1,82%.
As menores provisões para perdas com empréstimos também ajudaram o banco a apresentar um lucro acima do esperado, ao cair 28,8% em relação ao ano anterior, para 3,924 bilhões de reais. Ainda assim, elas cresceram 36,7% em uma base sequencial.
As ações do BB caíram cerca de 20% neste ano, o pior desempenho entre os maiores bancos do país, principalmente por preocupações com a interferência política.
(Com Reuters)
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