A trajetória revolucionária de Rita Lee em 5 momentos

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Rui M. Leal/Getty Images

Rita Lee, roqueira, revolucionária, questionadora, exalava o espírito do seu tempo

As manhãs do ano de 1980 ganharam um ar mais contemporâneo com um novo programa que surgia, voltado para o público feminino. Apresentado por Marília Gabriela, tinha um quadro com a então sexóloga Marta Suplicy que, logo de cara, gerou protestos da Liga das Senhoras Católicas ao falar de orgasmo feminino no ar.

O tema de abertura do programa tinha a ver com os questionamentos que o feminismo  começava a despertar na sociedade: era Rita Lee cantando “Cor de Rosa Choque”. A música, composta especialmente para o TV Mulher, só foi liberada pela censura em 1982, depois de algumas mudanças. Os censores criticaram a referência ao ciclo menstrual (“mulher é bicho esquisito / todo mês sangra”) como algo que poderia gerar indagações nas crianças antes do tempo adequado. 

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Falar de menstruação quando isso era um enorme tabu, fazer letras sobre sexo ou críticas à polícia em plena ditadura militar foi, em partes, o que fez com que Rita Lee se destacasse no cenário rico da MPB e do rock dos anos 70 e 80. Rita trazia um algo mais. Para além de uma voz e interpretações impecáveis, como era o caso de cantoras que dominavam a época, como Elis Regina e Gal Costa, ela tinha o espírito do seu tempo: roqueira, revolucionária, questionadora. 

Além disso, Rita tinha algo único pois compunha as próprias músicas, ao lado do marido, Roberto de Carvalho, seu companheiro até a morte, com referências ao momento político e social brasileiro e ao seu cotidiano. O casal eternizou um dos primeiros encontros em “Mania de Você”.

Veja momentos que mostram a construção de carreira única de Rita Lee:





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