Petland se une aos pequenos buscando virar uma gigante do setor pet

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Divulgação/Petland

Unidade da Petland no Guarujá, litoral de São Paulo

Na contramão dos grandes negócios do setor pet, como Cobasi, Petlove e Petz, que apostam em ter lojas cada vez maiores para continuar ganhando participação de mercado, a Petland, rede de petshops importada dos Estados Unidos, está de olho nos pequenos negócios do setor para atingir o mesmo objetivo.

Parece contra-intuitivo, mas não é. De acordo com o levantamento do IPB (Instituto Pet Brasil), realizado em 2021, o setor pet fatura mais de R$ 50 bilhões ao ano no Brasil e 48% deste valor, em torno de R$ 25 bilhões, são provenientes de pequenos e médios pet shops. Foi aí que o CEO e fundador da Petland, Rodrigo Albuquerque, achou o seu oceano azul.

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O empresário, que nunca havia trabalhado no setor, buscava por um negócio de propósito, que fosse diferente de sua primeira experiência. Aos 23 anos, ele fundou sua primeira empresa, a boutique de investimentos Brava. Nela, cometeu diversos erros que quase o levaram à falência, mas conseguiu mudar o jogo. Depois de recalcular algumas rotas, ele conseguiu fazer o negócio prosperar novamente e foi com o dinheiro que conseguiu lá que decidiu mudar de rumo.

“Ao olhar para o mercado pet lá em 2014, quando a Petland saiu do papel, percebi que o espaço para o modelo de lojas grandes já estava mais do que saturado, mas ninguém estava olhando para as lojas de bairro, que representam quase metade do mercado total”, afirma Albuquerque.

Assim, ele decidiu se apoiar em um nome forte e trazer a marca para o Brasil, apostando que o seu modelo de negócio daria certo. “Naquele ano, abrimos uma loja pequena, de bairro, e ao longo dos 12 meses seguintes já tínhamos quatro franquias”, afirma o empresário. A ousadia trouxe frutos: hoje, a Petland brasileira possui mais lojas do que a matriz nos Estados Unidos.

Inicialmente, a Petland era responsável pela abertura de novas lojas, todas franquias, mas, em pouco tempo, a marca começou a perceber que também existia uma grande oportunidade na transformação de pet shops já existentes em unidades da franqueadora. Para isso, a companhia começou a desenvolver novos serviços como treinamentos e mentorias, que buscam padronizar o nível dos serviços em todos os locais que carregam a marca Petland.

“A nossa grande razão de existir, o que nos tira da cama de manhã, é a transformação do mercado e ela começa com a transformação da vida do lojista”, afirma Albuquerque. “Nada é mais gratificante do que ver o faturamento de um parceiro dobrar por causa da nossa atuação. Então, em vez de brigar com os grandes, o que queremos é construir uma rede com milhares de pequenos.”

Para o diretor de expansão da Petland, Eduardo Bachur, a estratégia de conversão de lojas é positiva para os dois lados. “Com a conversão, uma série de fatores trazem um impacto positivo para as novas unidades. Elas ganham uma marca forte, têm acesso a produtos e preços muitos mais competitivos, recebem treinamentos contínuos, consultorias periódicas, além de ter tecnologias de ponta dentro da loja e uma estrutura de franquia profissional”, afirma Bachur.

Com os resultados positivos vistos durante o percurso, o CEO começou a criar novas fontes de renda para o negócio, desenvolvendo outros negócios para o setor. Hoje, a rede já conta com seis marcas embaixo de seu guarda-chuva, sendo elas: Dra. Mei (clínica veterinária), Afiliado Geração Pet, 100% Pet, Pet Choice (marca própria de produtos), Pet Pay (soluções financeiras) e LogLand (Centro de Distribuição).

Hoje a marca possui 160 unidades abertas, 72 clínicas Dra. Mei e vendeu em torno de R$ 340 milhões em 2022. “Agora, a meta é atingir 2.500 lojas nos próximos cinco ou seis anos e transformar a vida de 2.500 famílias”, afirma o CEO.

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