O Banco Central decidiu nesta quarta-feira (3) manter a Selic em 13,75% ao ano e, em comunicado, não apresentou sinalização sobre um possível corte futuro da taxa básica, mas ponderou que um cenário de aumentos nos juros é “menos provável”.
“O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, informou o comunicado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
Na primeira reunião do Copom após a formalização da proposta de arcabouço fiscal pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, o comunicado do BC afirmou que a apresentação do arcabouço fiscal reduziu parte da incerteza, mas disse que ainda é necessário atenção a política monetária.
A manutenção da Selic pela sexta reunião consecutiva — apesar de pressões do governo por cortes da taxa — foi decidida por unanimidade pela diretoria do BC e está em linha com a expectativa do mercado, de acordo com pesquisa Reuters, segundo a qual todos os 40 economistas consultados esperavam manutenção do patamar.
O encontro do Copom ocorreu em meio ao prosseguimento das críticas do presidente Lula à condução da política monetária.
A opção pela manutenção da Selic ocorreu horas após o Banco Central dos Estados Unidos ter anunciado uma elevação em sua meta de juros em 0,25 ponto percentual, sinalizando uma possível pausa nos aumentos.
Com a decisão, o BC manteve a Selic a um patamar 11,75 pontos acima da mínima histórica de 2% ao ano, atingida durante a pandemia de Covid-19 e que vigorou até março de 2021. A taxa básica segue no nível mais alto desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.
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