A safra de café do Brasil na temporada 2023/24 foi estimada em 66 milhões de sacas de 60 kg, com um corte de 1,1 milhão de sacas ante a previsão anterior, após expectativa de menores produtividades em áreas de arábica de Minas Gerais, afirmou o Rabobank nesta quinta-feira (20).
Ainda assim, o volume previsto deve representar uma alta de 4,4% na comparação com a colheita do ciclo anterior (2022/23), que havia sido afetado por impactos de seca e geadas em 2021.
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“Apesar da boa recuperação nas regiões da Mogiana Paulista e Cerrado Mineiro, o alto índice de abortamento de frutos na região da Zona da Mata Mineira e uma situação irregular no Sul de Minas Gerais impactaram negativamente a produção de café arábica”, disse o analista do Rabobank Guilherme Morya, à Reuters, nesta quinta-feira.
O Rabobank agora estima a safra de arábica do maior produtor e exportador global de café em 42,7 milhões de sacas, redução de 1,3 milhões de sacas frente a última estimativa.
Ele citou ainda que chuvas menos volumosas no leste de Minas Gerais desde fevereiro podem afetar o resultado.
Mesmo com a revisão para baixo ante pesquisa realizada no início do ano, a produção de café arábica deverá crescer 6,4% na comparação com a temporada anterior, disse o Rabobank que fez a nova projeção após uma expedição às regiões produtoras em fevereiro.
Por outro lado, a safra de café canéfora (robusta/conilon) deve ser ligeiramente melhor, projetada em 23,3 milhões de sacas, disse o analista, citando boas condições nas produções do Espírito Santo, Rondônia e Bahia.
Ele comentou também que as chuvas acumuladas em março ficaram acima dos níveis históricos na maioria das regiões produtoras, e que o clima tem sido favorável em abril, o que deve ajudar no estágio final do desenvolvimento dos grãos arábica.
A colheita de arábica começa mais tarde do que a dos grãos robusta e conilon, que já estão sendo colhidos em algumas áreas.
Os números do Rabobank, assim como de outras instituições privadas que realizam previsões de safras, costumam ser superiores aos da estatal Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que projetou em sua primeira estimativa, em janeiro, quase 55 milhões de sacas para a colheita nacional.
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