Alimentos típicos da Páscoa estão 14,8% mais caros este ano

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AtliarHafsteinsson/Guettyimages

Bacalhau importado da Noruega chega ao Brasil congelado ou seco e salgado

A lista de produtos que compõem a cesta da Páscoa está 14,8% mais cara neste ano, na comparação com 2022, de acordo com a Apas (Associação Paulista de Supermercados).

Um dos produtos que contribuíram para o aumento no preço da cesta foi o bacalhau, cujo preço subiu 7,4% no acumulado dos últimos 12 meses. O Brasil é importador desse tipo de peixe. No ano passado, entre bacalhau congelado e seco/salgado/defumado, o país comprou 9,6 toneladas do pescado, por US$ 103 milhões. Neste ano, os dados mais recentes do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), dos meses de janeiro e fevereiro, mostra que o país importou 2 toneladas de bacalhau, por US$ 23,6 milhões.

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A maior parte do peixe vem da Noruega, com alguma compra na China e Portugal. Mas, na comparação histórica, o volume comprado vem caindo. Em 2010, por exemplo, o Brasil importou 45,2 mil toneladas de bacalhau, por US$ 304,1 milhões. A importações saíram dessa faixa e começaram a baixar a partir de 2013.

Também ficaram mais caros, no acumulado entre a Páscoa do ano passado e a deste ano, as cervejas, que subiram 10,9%, o refrigerante (15,7%), a batata (11,7%), o arroz (14,7%), o bombom (11,15%) e o chocolate (10,2%). Mas foi a cebola liderou a alta, com 36,2% de aumento no período. O único produto da cesta que ficou mais barato nessa comparação foi a corvina, que caiu 7%.

“Cada supermercado tem uma negociação diferente com a indústria. É vital que o consumidor faça a sua lista de compras e pesquise os preços no maior número de lojas possível, aproveitando ao máximo as promoções típicas da época”, disse Carlos Correa, diretor-geral da Apas, e sugere que o consumidor pesquise os preços antes de fazer as compras.

A Páscoa é a segunda data de maior venda para o setor supermercadista do Brasil, perdendo apenas para o Natal. Assim, mesmo com preços mais altos, a Apas estima crescimento de 4,5% nas vendas de Páscoa. A entidade atribui essa possível expansão do setor à desaceleração no preço dos alimentos, aliada ao aumento da renda da população. (Com Agência Brasil)

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