A Noruega prometeu hoje (22) seu apoio às iniciativas do Brasil para atrair outros países doadores para o Fundo Amazônia, criado pelo país nórdico para combater o desmatamento e estimular o desenvolvimento sustentável.
O fundo, lançado em 2009, foi suspenso em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que aboliu seu conselho de administração e seus planos de ação, já que ele defendia a exploração dos recursos naturais da floresta amazônica.
O fundo foi reativado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro dia de seu terceiro mandato, em janeiro. Lula foi presidente por dois mandatos entre 2003 e 2010.
“Gostamos muito do modelo que foi desenvolvido durante a Presidência anterior de Lula e queremos continuar trabalhando de perto nesse caminho”, disse o ministro norueguês do Clima e Meio Ambiente, Espen Barth Eide, a jornalistas após reunião com a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva.
“Estamos tentando mobilizar outros doadores porque achamos que tem sido um modelo de muito sucesso”, acrescentou Eide.
O Fundo Amazônia foi criado com uma doação inicial de US$ 1 bilhão da Noruega. A Alemanha contribuiu com U$S 300 milhões.
Marina disse que os recursos do fundo, que atualmente totalizam US$ 500 milhões, têm sido usados para providências prioritárias na Amazônia, incluindo a expulsão de garimpeiros ilegais de reservas indígenas e a restauração da aplicação de medidas de proteção ambiental, que haviam sido relaxadas pelo governo de Bolsonaro.
França e Espanha demonstraram interesse em contribuir com o fundo administrado pelo Brasil, o Reino Unido estuda a possibilidade de contribuir e os Estados Unidos também sinalizaram a intenção de fazê-lo.
O ministro norueguês visitou a Colômbia antes de chegar a Brasília, e na quinta-feira seguirá para o Pará, onde se reunirá com autoridades locais, segundo a Embaixada da Noruega.
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