Cosméticos, dermocosméticos e dermomakes: entenda a diferença

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Com a crescente demanda do mercado por produtos de maquiagem que exerçam a função de cuidados com a pele, surgiram as dermomakes. Elas possuem a promessa de unir a estética trazida pelos cosméticos com os cuidados dos dermocosméticos em apenas um produto. No entanto, essas novidade podem trazer dúvidas e até polêmicas a respeito de seu funcionamento.

Na última semana, por exemplo, a influenciadora digital Virgínia Fonseca causou ao lançar uma base que, além de ser considerada cara, foi anunciada como uma dermomake. Em seu Instagram, Virgínia disse que o diferencial da base eram justamente os seus ativos, já que assim, ela cuidaria também da pele.

No entanto, diversas análises comprovaram que, apesar de conter ativos, eles não seriam encontrados em quantidades suficientes para considerar a base uma dermomake. Mas esse não é o único caso. Vários outros já aconteceram no mundo da beleza.

Anvisa não reconhece categoria

Antes de entrar nesse assunto, é preciso entender primeiro a diferença entre cosmético e dermocosméticos e onde as dermomakes entram no meio de tudo isso. Os cosméticos, por exemplo, são produtos que não têm tantos ativos farmacológicos na sua fórmula e agem em camadas mais superficiais da pele.

E é por isso que eles trazem mudanças estéticas e momentâneas na aparência. Ao passar um batom, ele vai mudar a cor da sua boca. Mas assim que você retirá-lo ela voltará ao seu tom natural. Já os dermocosméticos possuem mais ativos e agem de forma mais profunda. Eles podem ajudar a remover olheiras, reduzir as rugas no rosto, ou seja, agindo conforme a proposta indicada na rotulagem dos produtos.

Mas e as dermomakes? Elas são justamente a tentativa de juntar as duas coisas, sendo uma maquiagem que, além de trazer a mudança visual momentânea também cuida da pele. A grande questão é que, oficialmente, a classificação “dermomake” nem existe. Por isso, ela existe muito mais como uma estratégia de marketing.

Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), existem apenas duas categorias: grau I e grau II, que correspondem aos cosméticos e dermocosméticos. Os produtos do Grau II (dermocosméticos), passam por uma comprovação de segurança e eficácia maior, por agirem em camadas mais profundas da pele.

Por sua vez, as maquiagens anunciadas como “dermomakes” geralmente fazem parte dos produtos classificados com grau I, que é uma etapa que não exige uma rigidez tão grande na comprovação de eficácia.

Por isso, é muito importante tomar cuidado na hora de adquirir qualquer produto de maquiagem que tenha a nomenclatura “dermomake”, tudo bem? Caso você tenha interesse, investigue bem a fórmula, verifique resenhas de criadores de conteúdo e priorize marcas que já atuam neste mercado há mais tempo, afinal, por mais caro que uma “dermomake” seja, ela pode não cumprir exatamente o que promete.

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