O câncer de intestino – também chamado de colorretal – corresponde a cerca de 10% de todos os tumores diagnosticados no Brasil (excluindo-se o câncer de pele não melanoma), segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
A incidência desta doença vem crescendo nos últimos anos na população brasileira, especialmente entre os adultos jovens. Os dados de óbitos também chamam a atenção: em 2020, foram mais de 20 mil mortes pela doença aqui no país, mesmo com os avanços na prevenção e tratamento.
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Um estudo divulgado recentemente pelo INCA mostrou que probabilidade de óbito prematuro por câncer de intestino entre pessoas de 30 a 69 anos pode ter um aumento de 10% até 2030.
Entre os homens, a maior alta projetada ficou na região Norte apresentou o (52%), seguido por Nordeste (37%), Centro-Oeste (19,3%), Sul (13,2%) e Sudeste (4,5%). Para as mulheres, o Nordeste lidera a projeção de crescimento (38%), seguido pelas regiões Sudeste, Norte, Centro-Oeste e Sul.
Aumento da incidência no Brasil e no mundo
O câncer de intestino é o segundo tipo de tumor mais incidente no país, tanto entre os homens quanto em mulheres, atrás do câncer de próstata e de mama, respectivamente.
O INCA aponta que, até 2025, o Brasil deve registrar quase 46 mil casos novos da doença por ano, um crescimento de mais de 10%, na comparação com o biênio 2020-2022.
De acordo com os Registros de Câncer de Base Populacional, houve um aumento da incidência do câncer de intestino nas faixas etárias de 20 a 49 anos e de 50 a 69 anos, entre 2000 e 2015. E, mais grave, entre 2015 e 2019, cerca de 65% dos casos deste tipo já foram diagnosticados em estágios avançados, em todas as faixas etárias.
Atenção aos sinais e aos hábitos saudáveis
A atenção a sinais da doença, como sangramentos e alteração do hábito intestinal e dor, bem como a realização de exames de rastreamento (colonoscopia a partir dos 45 anos), podem auxiliar a descoberta precoce do tumor e assegurar melhores desfechos.
Como para outros tipos de câncer, novidades recentes têm promovido maiores chances de cura e controle. Porém, antes de tratar, devemos evitar.
Assim, a manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física e o consumo de uma dieta saudável, rica em fibras, com mais alimentos in natura e minimamente processados são atitudes fundamentais para a prevenção do câncer de intestino.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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