A procrastinação é um comportamento bastante comum, em que as pessoas deixam algo para fazer depois. Pode ser a limpeza do quarto, uma tarefa da faculdade, a leitura daquele livro parado na estante… Enfim, pode ser qualquer coisa que dê preguiça de resolver no presente.
No entanto, nem todo mundo tem o hábito de procrastinar. Algumas pessoas sentem uma forte necessidade em concluir tarefas. Elas são conhecidas como “precrastinadoras”, e, diferente dos procrastinadores, detestam deixar tudo para o último momento.
O termo foi criado em 2014 pelo professor de psicologia da Universidade da Califórnia, em Riverside, David Rosenbaum, para descrever essa conduta. Ele define a precrastinação como a tendência de terminar tudo quanto antes, mesmo que isso exija um esforço desnecessário e acabe interferindo na qualidade do trabalho.
Precrastinadores são impulsivos
Um estudo divulgado pela revista científica Psychological Science, no ano passado, mostrou que algumas pessoas têm uma predisposição genética para a precrastinação.
“Elas tendem a ser mais impulsivas e a agir rapidamente. Mas isso não é necessariamente benéfico, já que muitas vezes é sinônimo de pouco autocontrole”, aponta o neurocientista e especialista em comportamento humano, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
Os pesquisadores observaram que a precrastinação pode ter implicações importantes para a vida cotidiana e para a tomada de decisões. De acordo com eles, entender melhor como e por que as pessoas precrastinam pode ajudar a desenvolver estratégias mais eficazes para lidar com isso.
“Ou seja, em oposição às pessoas que adiam irremediavelmente o que necessitam de fazer, temos aquelas que tendem a ter um desejo maior de se livrar de uma tarefa o mais rápido possível, onde o indivíduo tenta atenuar a ansiedade associada ao que necessita ser feito”, explica o profissional.
“Embora à primeira vista nos possa parecer algo bom acaba por ser contraproducente, uma vez que não há uma gestão eficiente da energia e do esforço”, finaliza.