A economia dos Estados Unidos criou empregos em um ritmo sólido em fevereiro, provavelmente garantindo que o Federal Reserve eleve as taxas de juros por mais tempo, embora a inflação salarial tenha mostrado sinais de arrefecimento.
A abertura de vagas fora do setor agrícola norte-americano totalizou 311 mil empregos no mês passado, mostrou o relatório Payroll do Departamento do Trabalho hoje (10).
Os dados de janeiro foram revisados para baixo para mostrar a criação de 504 mil postos de trabalho, em vez dos 517 mil informados anteriormente.
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Economistas consultados pela Reuters previam a abertura de 205 mil empregos. Eles dizem que a economia precisa criar 100 mil empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa. As estimativas para a criação de vagas de fevereiro variavam de 78 mil a 325 mil.
O salário médio por hora subiu 0,2% no mês passado, após avançar 0,3% em janeiro. Isso elevou o aumento em base anual dos salários para 4,6%, de 4,4% em janeiro, em parte porque as baixas leituras do ano passado saíram do cálculo.
O aumento maior do que o esperado na abertura de vagas sugere que o salto nas contratações em janeiro não foi por acaso.
Economistas argumentaram que o crescimento do emprego em janeiro foi exacerbado por uma série de fatores, incluindo um clima anormalmente quente para a época e revisões anuais de referência dos dados, bem como fatores de ajuste sazonal excessivamente generosos.
O crescimento robusto dos gastos do consumidor em janeiro também foi parcialmente atribuído a fatores sazonais.
O presidente do Fed, Jerome Powell, disse a parlamentares nesta semana que o banco central dos EUA provavelmente precisará aumentar os juros mais do que o esperado. Antes do relatório de emprego, os mercados precificavam um aumento de 0,50 ponto percentual na reunião de política monetária de 21 a 22 de março, segundo a ferramenta FedWatch do CME Group.
O Fed aumentou sua taxa básica de juros em 4,50 pontos percentuais desde março passado, de um nível próximo a zero para a faixa atual de 4,50% a 4,75%.
A taxa de desemprego dos EUA subiu para 3,6% em fevereiro, de 3,4% em janeiro, o que marcou o menor patamar desde maio de 1969.
Alguns economistas, no entanto, advertiram contra colocar muita ênfase na medida estreita da taxa de desemprego e, em vez disso, favorecem uma medida mais ampla de desocupação, que inclui pessoas que querem trabalhar mas desistiram de procurar e aqueles que trabalham meio período porque não conseguem encontrar emprego de tempo integral.
Essa medida de desemprego, chamada de U-6, estava em 6,6% em janeiro, o que significa que havia 10,9 milhões de pessoas disponíveis para trabalhar, mais do que as 10,8 milhões de vagas disponíveis no final do mesmo mês.
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