As exportações de carne bovina do Brasil, considerando os produtos in natura e processados, totalizaram 336.102 toneladas no primeiro bimestre de 2023, queda de 1% no comparativo anual, enquanto a receita baixou 13% no período, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) hoje (08).
O faturamento com vendas externas da proteína atingiu 1,546 bilhão de dólares no acumulado de janeiro e fevereiro, principalmente, devido à redução no valor pago pela China, maior compradora da carne do Brasil.
A Abrafrigo disse que a redução reflete apenas parcialmente a suspensão das exportações para a China, em vigor desde 23 de fevereiro devido a um caso atípico da doença “mal da vaca louca” no Pará, cujos efeitos sobre os resultados de embarque poderão ser mais visíveis no mês de março.
“Os preços médios de exportações para a China também sofreram ajustes, com queda de 21,8% no primeiro bimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2022”, disse a entidade, citando o valor médio da tonelada exportada a 4.869 dólares.
Com isso, a receita obtida com as vendas externas de carne bovina para a China somou 840 milhões de dólares no bimestre, retração de 4,2% em relação a 2022. O volume adquirido, no entanto, cresceu 22,6% para 172.701 toneladas.
Os Estados Unidos, segundo maior comprador da proteína brasileira, também reduziram as demandas.
Segundo a Abrafrigo, a receita acumulada no bimestre com a exportação aos norte-americanos foi de 171,6 milhões de dólares, 25,6% menor, e o volume caiu 18% para 35.651 toneladas.
Somente em fevereiro, as vendas externas da carne do Brasil atingiram 152,28 mil toneladas, queda de 16% no comparativo anual.
A receita obtida pelo Brasil com as exportações da proteína em fevereiro somaram 695,2 milhões de dólares, uma queda de 29%, de acordo com os dados.
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