Separação de Kanye West derruba dividendos da Adidas

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Yeezy foi uma parceria lucrativa para West e a Adidas

A Adidas revelou hoje (8) planos para reduzir seus dividendos, reiterando alertas de que pode enfrentar sua primeira queda anual de faturamento em décadas. A crise se instalou na gigante alemã de roupas esportivas após a decisão de se separar do rapper e designer Kanye West e descartar sua lucrativa marca Yeezy, desenvolvida em colaboração com o artista.

A empresa disse que proporá um dividendo anual de US$ 0,74 (R$ 3,80) por ação em sua assembleia-geral anual em 11 de maio. Trata-se de um corte de 80% ante os US$ 3,48 (R$ 17,90) de 2021.

No quarto trimestre de 2022, a Adidas registrou um prejuízo de US$ 508 milhões (R$ 2,60 bilhões), refletindo em grande parte a queda nas vendas na China e a separação da empresa com West, também conhecido como Ye, que custou US$ 632 milhões (R$ 3,25 bilhões) em vendas.

Segundo a Adidas, as perdas podem chegar a US$ 527 milhões (R$ 2,70 bilhões) em 2023 se a empresa não puder vender ou reaproveitar os sapatos Yeezy que sobraram. A receita estimada da parceria com o rapper para este ano era de US$ 1,26 bilhão (R$ 6,47 bilhões).

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O CEO Bjørn Gulden disse que 2023 será um “ano de transição”, para a Adidas revigorar seu negócio principal e construir um caminho para a lucratividade em 2024.

>Leia mais: Ações da Adidas despencam com perdas após a ruptura com Kanye West

Yeezy e Adidas

A parceria com Yeezy foi uma fonte significativa de renda para a Adidas. A perda está sendo sentida profundamente, e agravou os problemas financeiros causados pela desaceleração na China e pela retirada da Rússia, após o país ter invadido a Ucrânia.

Os executivos foram pessimistas sobre o impacto provável para os resultados de 2023. Em fevereiro, Gulden disse que os “números da Adidas falam por si” e que “atualmente não estamos tendo o desempenho que deveríamos”.

A Adidas foi uma das muitas empresas a cortar relações com West em outubro do ano passado, devido à indignação com suas declarações antissemitas nas redes sociais. West também promoveu teorias da conspiração e fez comentários racistas. Sua parceria com a Adidas foi a mais importante financeiramente para ele e gerou a maior parte de sua fortuna.

Kanye West saiu da lista de bilionários da Forbes quando a colaboração foi encerrada.

(Traduzido por Monique Lima)

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