De acordo com um levantamento realizado pelo Cubo Itaú, as startups que fazem parte do hub fecharam o ano de 2022 com um faturamento de R$9,7 bilhões e ultrapassam R$5 bilhões em aportes e investimentos recebidos.
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Um dos destaques deste levantamento é a Carbonext, startup de APIs que oferece suporte ao mercado de créditos de carbono, que recebeu um aporte da Shell Brasil no valor de R$ 200 milhões. Os recursos serão destinados ao investimento em tecnologia para projetos de preservação e reflorestamento da Floresta Amazônica.
O Cubo registrou um aumento de 72% no faturamento por startup em comparação ao ano de 2021, a empresa espera que em 2023 as startups cresçam cerca de 113%, o que representaria um faturamento de cerca de R$6,6 milhões. De acordo com o CEO do Cubo Itaú, Paulo Costa, “números como esses reforçam o valor da nossa curadoria, que resulta em conexões de qualidade para a geração de negócios, fomentando os empreendedores tecnológicos”.
Esse aumento foi resultado de grandes investimentos e esforços realizados pelas startups, já que diante a situação atual do mercado tiveram que reinventar para continuar evoluindo, tornando-as mais eficientes, fazendo economias, estendendo o caixa e preservando o cash burn, indicador financeiro que mede a velocidade com que uma empresa está gastando em seu caixa.
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Ao que tudo indica, o próximo passo das startups é apostar no product-led growth, estratégia de negócios com implementação mais econômica em que o produto é a principal fonte de captação de renda da empresa, para que o marketing e as vendas recebam mais investimentos quando for necessário.
Para complementar essa tendência, outro passo a ser dado é a implementação de Customer Success, que prioriza o atendimento, suporte e experiência do cliente com a empresa e mantê-lo por perto para contribuir com os lucros da empresa.
Investimentos
Em 2022, as startups de comunidade cresceram 50% nos aportes, lucro de quase R$ 3,5 milhões. A expectativa é que essas startups continuem competitivas no mercado utilizando tecnologia, inovação e iniciativas voltadas ao Corporate Venture Capital.
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Cerca de 59,3% das corporações brasileiras que atuam no Corporate Venture Capital assinam os cheques diretamente com as companhias com as quais desejam trabalhar em conjunto. Segundo Paulo Costa, as empresas possuem comprometimento na hora de apostar em empreendedores tecnológicos. “Com estratégias de inovação aberta mais desenvolvidas nas companhias, o caminho natural é mais acesso ao mercado e mais visibilidade para as startups como opção de parceria de qualidade e factível”, afirma o CEO.
Outro foco para este ano é o ESG, que pode gerar mais aportes para as startups. De acordo com um estudo do Emerging VC Fellows, 38% das gestoras de VC brasileiras ainda não incorporaram nenhuma métrica ESG na análise de novas oportunidades de investimentos e cerca de 70% não sabem como incluir o ESG nas empresas.
Com a melhoria desses pontos, certamente as startups deverão crescer ainda mais nos próximos anos, pois os fundos brasileiros possuem quase R$ 50 bilhões para investir, valor que se colocado em um fundo de venture capital pode durar 10 anos.
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