Nesta terça-feira (28), o Ibovespa teve uma queda de 0,74% a 104.931,93 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 29,9 bilhões. No mês, houve uma queda de 7,49%. O último pregão de fevereiro acompanhou um volumoso noticiário corporativo, com foco na reoneração dos preços de gasolina e diesel.
Nesta tarde, a Petrobras informou a redução no preço médio da gasolina em 3,93% e o do diesel em 1,95%, enquanto o governo se preparava para detalhar o retorno da tributação federal sobre combustíveis a partir de amanhã (1). A gasolina da companhia vendida às distribuidoras passará de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro. Já o diesel passará de R$ 4,10 para R$ 4,02. A reoneração representará um aumento de 47 centavos por litro para a gasolina, e de 2 centavos para o etanol, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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Marcus Labarthe, especialista da GT CAPITAL, diz: “A retirada da isenção dos impostos sobre combustíveis deve piorar a inflação no Brasil, visto que parte da alta é por causa dos combustíveis. Porém, a decisão é boa perante ao mercado, pois era o governo quem pagava a conta. A exoneração era responsável por quase R$ 200 bilhões que o governo deixava de arrecadar”.
Após o anúncio, as ações da Petrobras (PETR4) tiveram uma queda de 2,86% a R$ 25,40 após a petroleira anunciar corte nos preços da gasolina e do diesel. Investidores também estão na expectativa do resultado do último trimestre de 2022 da empresa, previsto para quarta-feira (1), especialmente em relação às decisões de dividendos.
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street fecharam em baixa, resultando em quedas mensais após um forte desempenho no início do ano, uma vez que sinais de uma economia norte-americana forte e inflação elevada nos EUA aumentaram temores de que o Federal Reserve manterá sua política monetária restritiva por mais tempo.
Os investidores têm cada vez mais receio de que o Banco Central dos Estados Unidos aumente sua taxa de juros nos próximos meses para uma faixa de 5,25% a 5,50%, ante a atual faixa de 4,50% a 4,75%, buscando conter a inflação de nível ainda elevado.
Na Europa, os principais índices acionários caíram depois que dados da França e da Espanha apontaram que a inflação está mais rígida do que o temido, mas ainda assim encerraram seu segundo mês consecutivo em alta, apoiadas por fortes ganhos nas ações de bancos, que são sensíveis aos juros.
Na Ásia, as ações de Hong Kong fecharam o mês em queda de 9,5%, sendo o pior desempenho para fevereiro desde 1982. Tanto o índice Hang Seng quanto o de Xangai registraram neste mês seu primeiro declínio mensal desde novembro, interrompendo um rali de três meses que começou quando a China começou a diminuir as restrições da Covid.
(Com Reuters)
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