Quando a próxima geração do Mercedes-Benz Classe E estrear, até o final deste ano, o sedã apresentará um novo sistema de infoentretenimento. Embora não seja tão grande quanto a Hyperscreen de 56 polegadas que a montadora alemã colocou pela primeira vez no elétrico EQS, a nova Superscreen exibirá uma interface renovada compatível com aplicativos como Zoom e TikTok.
As opções de entretenimento mais envolventes no redesenhado Classe E farão parte do pacote MBUX Entertainment Plus. Em um recente evento promovido para a mídia especializada nos escritórios de tecnologia da Mercedes no Vale do Silício, o foco estava na tela de 40,4 polegadas e no painel de instrumentos dedicado ao motorista. Contudo, pouco foi revelado sobre a reformulação geral da sexta geração do Classe E, que será a primeira mudança significativa desde 2016.
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Executivos da Mercedes revelaram uma mudança em todo o sistema de software que será incorporado aos futuros veículos da empresa. O Mercedes-Benz Operating System, conhecido como MB.OS, fornecerá informações ao motorista, entretenimento, status da bateria e carregamento (no caso dos híbridos), comunicação, direção avançada e navegação com o Google, parceiro de mapeamento. A Mercedes promete criar um market place de aplicativos baseados em Android, além de apps nativos da própria montadora.
“Controlamos o Internet Protocol e o mercado digital em nosso veículo”, explicou Magnus Östberg, diretor de software da Mercedes-Benz durante o evento no norte da Califórnia.
Sobrecarga sensorial
A interface do Classe E tem tudo a ver com mídia, relaxamento, produtividade e informações com sons, imagens, feedback tátil nos assentos e no volante e até cheiros envolvidos. O novo design do MBUX serve como um precursor do que está por vir com o MB.OS em 2025 e além. “É um vislumbre do que vamos oferecer”, disse Ola Källenius, CEO da Mercedes-Benz.
Notavelmente, a tela do novo Classe E é maior e mais semelhante a um smartphone, utilizando blocos e ícones. A experiência do passageiro também é aprimorada com funcionalidade total, graças a um escudo visual de rastreamento ocular baseado em câmera que escurece a tela e a torna menos perturbadora para o motorista. Se não houver passageiro, a tela se transforma em um espaço decorativo.
Para o motorista, uma série de novos recursos tenta proporcionar uma experiência de direção mais relaxante, começando com “rotinas” programadas e atalhos baseados em IA que aprendem os hábitos do condutor. Se você solicita rotas para o trabalho e abre o Spotify todas as manhãs, uma rotina que inclui essas etapas permitirá que você seja dispensado de executar essas tarefas novamente.
A visualização do som torna-se um assunto multissensorial com 17 alto-falantes, quatro transdutores nos assentos e iluminação ambiente combinando com a batida da música. Um passo adiante é um recurso de conforto energizante que acalma com sons, massagens, luzes e até aromas. Conecte seu wearable para permitir que o carro meça sua frequência cardíaca e determine que tipo de massagem e experiência de áudio você precisa.
Mapeamento pelo Google
Em um esforço para evitar que os motoristas se conectem a smartphones e espelhem as telas de seus telefones por meio do Apple CarPlay e do Android Auto, o novo sistema MBUX traz aplicativos familiares; apps baseados em Android e outros de terceiros estarão disponíveis eventualmente.
Além dos aplicativos básicos de infoentretenimento oferecidos, os usuários terão acesso a plataformas como TikTok, Angry Birds, Webex e Zoom, além do navegador Vivaldi. A ZYNC, uma plataforma de entretenimento, oferecerá streaming, jogos, notícias e outras mídias. Uma nova câmera de selfie e vídeo acima da Supertela possibilitará reuniões no carro, de forma semelhante ao que a Tesla agora oferece em seu sistema. Por enquanto, o uso de aplicativos baseados em vídeo só será possível com o carro estacionado.
Aplicativos de música da Dolby, Universal, Apple Music, Spotify e outros, além de videogames do Antstream Arcade, também estarão disponíveis.
Östberg, o diretor de software, usou o Google como um exemplo de como deixar um parceiro entrar no novo ecossistema da Mercedes. “Estamos trazendo o que há de melhor nos setores automotivo e tecnológico e reinventando a experiência de orientação de rota”, disse ele sobre o Google Maps para navegação. O CEO Källenius comparou essa e outras parcerias à construção de uma casa. “Você não precisa colocar todos os ladrilhos sozinho”, justificou.
Outro parceiro é a Luminar, que fornecerá sensores e outros hardwares para direção autônoma avançada. Embora apenas um sistema de nível 2 com mudanças automáticas de faixa esteja disponível para motoristas americanos, o nível 3 de direção hands-free, chamado Drive Pilot, já está operando na Alemanha.
Todas as mudanças tecnológicas visam tornar os carros da Mercedes um lugar mais atraente para passar o tempo, seja dirigindo, recarregando a bateria de modelos elétricos ou simplesmente apenas relaxando. “Crie seu próprio espaço pessoal”, resumiram os executivos.
*Sasha Lekach nasceu em São Francisco e começou a cobrir notícias na Bay Area. Antes de ingressar na Forbes Wheels, cobria o setor de veículos elétricos e autônomos como repórter de mobilidade da Mashable. Com mestrado em jornalismo pela UC Berkeley e graduação pela UC Davis, ela é californiana e obcecada por notícias. Normalmente, você pode encontrá-la lendo, surfando, comendo, viajando ou no Twitter, em @sashajol.
(Traduzido por Rodrigo Mora).
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